Tratamento de Esgoto: Vereador Xandão Tosini questiona obra parada e quando estará concluída

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

A obra relativa ao tratamento global de esgoto na cidade novamente foi tema de abordagens pelo vereador Alexandre Tosini na Câmara Municipal nesta semana. “A obra está parada e precisamos saber quando estará, de fato, concluída”, questionou.

Após a manifestação na Sessão Ordinária, em entrevista ao site e jornal online Minha São José, ele destacou um pouco do histórico complicado da obra, que iniciou os trâmites à realização desde 2003, passando por diversas gestões, mas que até o momento aguarda um desfecho que muito favorecerá o município, sendo uma das obras mais aguardadas pelos munícipes.

“Infelizmente não dá para pensar no desenvolvimento industrial do município sem o tratamento de esgoto. Grandes empresas, como a Coca-Cola, até mencionada aqui nesta Casa de Leis, que está à procura de uma cidade para estabelecer mais uma unidade, possuem políticas próprias acerca do saneamento, que são bastante rígidas, e se a cidade não possuir o mínimo dessa estrutura sanitária acaba perdendo essas importantes instalações, que geram centenas de empregos e contribuem à economia local”.

Xandão observou, ainda, parte de tubulação que está ‘parada’ na Ponte Nova e foi enfático. “A obra está paralisada. Levantei informações e nem mesmo a empresa responsável está mais na cidade. É preciso fazer alguma coisa para mudarmos isso. A Prefeitura necessita tomar alguma atitude e nós, vereadores, também”.

Sobre isso, o vereador chamou os demais edis para reuniões diretas com o prefeito para saber como a Câmara também pode auxiliar para a conclusão da obra.

E voltou a reforçar que São José trata apenas 14% de todo seu esgoto. “É inadmissível que nosso município trate apenas 14% do esgoto. Hoje, em funcionamento, temos estações de tratamento nos bairros Domingos de Sylos, no Buenos Aires e outras mais compactas, elevatórias em alguns pontos, ou seja, nossa cidade não oferece estrutura sanitária para que grandes empresas se instalem aqui. E isso já faz mais de 20 anos, não é um problema apenas dessa gestão, mas continua se arrastando”, observou.

Além da fala no Expediente Livre, o vereador requereu, em propositura, informações sobre a paralisação da obra. “Sei que está tudo parado, pois em novembro do ano passado assinei um documento para que escavações pudessem ser realizadas nas proximidades do campo do Vasco F.C., que presido, para a construção da estação central. De lá para cá nada mais de movimentação na obra”.

Ainda, durante a Sessão na Câmara, a vereadora Priscila Abreu, líder do governo na Câmara, solicitou a participação do superintendente da SAERP, Daniel Cobra Monteiro, em uma Tribuna Livre, para posicionar os vereadores sobre o andamento do projeto ao tratamento de esgoto, informando que a reprogramação da obra já está no Ministério das Cidades.

Já o presidente, vereador Rafael Kocian, ressaltou que também cobrou o Executivo Municipal sobre a prioritária obra ao município. “Obtive informações que não há problemas com relação à empresa que está executando o projeto, mas sim com a empresa que faz o gerenciamento técnico e a fiscalização da obra, cujo contrato expirou após mais de 10 anos de atuação, pois não havia mais aditivos contratuais. O ‘enrosco’ atual está na reprogramação, citada pela vereadora Priscila, para que se contrate a empresa que fará esse gerenciamento”.

Alexandre Tosini destacou que gostaria, assim como a maioria dos rio-pardenses, ver a obra concluída. “Já faz mais de 20 anos que tudo isso esta em ‘andamento’. A conclusão dela é uma luta de todos nós, pois somos muito cobrados pela população, empresários sobre isso. Gostaria de encerrar meu mandato nesta Casa participando da gestão que a concluiu”, finalizou.