Ana Helena Machado Maia conta sua história de 40 anos de amor e dedicação ao Direito
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
Quatro décadas dedicadas ao Direito, sendo 35 anos em São José do Rio Pardo, cidade que escolheu para exercer a profissão que tanto ama, respeita e luta para que seja sempre desempenhada com hombridade.
O site e jornal online Minha São José destaca, em sua matéria especial deste sábado, 18/10, a história de uma das advogadas mais conhecidas da cidade, a Dra. Ana Helena Machado Maia.
Na entrevista, ela contou um pouco dessa verdadeira devoção que tem à Advocacia, profissão que abraçou por incentivo do pai, e que optou por exerce-la aqui em Rio Pardo.
A advogada ressaltou a honra de poder trabalhar com aquilo que sempre sonhou, lutando sempre pela justiça e principalmente por aqueles que não têm voz.
Para Dra. Ana, uma boa advogada é ter muita dedicação, estudo, paciência junto aos clientes, mostrando sempre com transparência os sins e os nãos, sempre com muito amor e respeito.
“Acredito que consegui realizar um dos meus maiores sonhos, que foi construir uma carreira sólida, ganhar casos importantes através de uma dedicação contínua e aprofundada, enfrentando os desafios da profissão com coragem, resiliência e perseverança para garantir os melhores resultados. Acredito que consegui realizar todos eles, com a graça de Deus”, afirmou.

Conheça mais sobre a Dra. Ana Maia na entrevista, na íntegra, abaixo.
Minha São José: Ana, quais são suas graduações?
Estudei Psicologia na FMU e depois Direito na UNIFIEO, ambas em São Paulo.
E por que optou pelo Direito? Você teve alguma inspiração ou familiar que te incentivou à carreira?
Meu pai foi minha inspiração. Desde que eu cursava o curso técnico de contabilidade, e trabalhava com ele, que era contador, manifestava seu desejo de me ver atuando como advogada. Acho que foi um dos sonhos dele que conseguiu realizar.
Quais são as áreas que atua no Direito?
Atuo mais nas áreas cível e trabalhista, embora o escritório atenda todas as áreas, como criminal, infância e juventude, previdenciário, família e sucessões.
Quando você começou a atuar em Rio Pardo? Antes de vir para cá, atuou em outros municípios?
Vim morar em São José em 1990, dando início a advocacia nesta cidade. Antes eu trabalhei por 5 anos como advogada em um escritório de advocacia em São Paulo.
E por que escolheu Rio Pardo para fazer a sua carreira?
Meu marido é daqui de São José. Resolvi vir por ser uma cidade tranquila na época, tínhamos filhos pequenos e era preocupante em São Paulo, já que despendia de grande tempo para ir de um Fórum a outro – cidade grande tudo se torna longe e perigoso.
O que é o melhor e o que é o pior nesta profissão?
Acredito que não tem melhor ou pior: a advocacia exige amor, dedicação e estudo. Talvez o pior sejam fases de instabilidade, pessoas insatisfeitas que não entendem do Direito, de como é a legislação e te ‘metralham’ por puro desconhecimento.
Você sofreu ou sofre algum preconceito por ser mulher nesta carreira?
Por incrível que pareça nunca sofri nenhum constrangimento, talvez seja por meu posicionamento profissional. Sempre respeitei e exigi ser respeitada. Hoje, com quarenta anos exercendo a profissão, só tenho que agradecer a Deus por tudo o que conquistei, e se fosse preciso faria tudo novamente. Não me arrependo de nada.

O que é ser uma boa advogada?
É ter muita dedicação, estudo, paciência porque as pessoas chegam até você com o problema que para elas é gigantesco e você tem que resolver, mostrar os sins e os nãos, mas sempre com muito amor e respeito.
Há algum caso que tenha te marcado muito e que possa dividir?
Acredito que todos os casos nos marcam muito, cada um na sua singularidade, pois tudo o que está além da nossa capacidade de cognição e previsibilidade nos afeta muito. Embora a gente vista uma roupagem para sinalizar autoridade, profissionalismo e formalidade perante à justiça e o público, somos humanos e certos casos nos afetam muito emocionalmente, principalmente quando se trata de menores. Enfim, são infinitos casos que me marcaram ao logo desses 40 anos, nem será possível descreve-los em poucas linhas…
Qual a principal lição que aprendeu na Advocacia e que leva para a sua vida?
Em primeiro lugar a luta pela justiça, lutar principalmente por aqueles que não tem voz, lutar pelo direito, observar sempre a ética, fundamental em qualquer situação, agindo com integridade, responsabilidade e transparência, doa a quem doer, e se necessário ser crítica, corajosa, lutar por direitos e defender o cliente, mesmo contra autoridades.
Quais são seus sonhos profissionais no Direito? Quais já realizou?
Meu maior sonho sempre foi a busca pela justiça, a defesa dos direitos para garantia de uma sociedade mais equilibrada e justa. Ser a voz daqueles que foram silenciados, protegendo seus interesses e garantindo que as leis fossem aplicadas corretamente. Sem dúvida construir uma carreira sólida também foi um grande sonho, ganhar casos importantes, através de uma dedicação contínua e aprofundada, enfrentando os desafios da profissão com coragem, resiliência e perseverança para garantir os melhores resultados. Acredito que consegui realizar todos eles, com a graça de Deus.
Para finalizar, que conselho daria a tantos estudantes de Direito que estão se formando ou que ainda se formarão?
O principal para ser um bom advogado é amar a profissão, antes de tudo ser apaixonado pelo Direito. Muito estudo. Aprenda constantemente: o Direito é uma área em constante evolução, então é fundamental estar sempre atualizado sobre as novas leis e jurisprudências. Seja humilde, busque mentoria: encontrar um mentor experiente é muito valioso para aprender com a experiência e obter orientação. Defina metas claras para sua carreira e trabalhe para alcançá-las. Não espere oportunidades chegarem até você, busque-as ativamente. Seja organizado e eficiente: gerencie seu tempo e seus casos de forma a garantir o sucesso. Mantenha a ética: sempre a priorize, bem como a integridade em sua prática profissional. Encontre um equilíbrio saudável entre sua vida pessoal e profissional para evitar o estresse e cuide da saúde mental: priorize-a e busque ajuda quando necessário. Lembre-se de que a carreira de advogado é desafiadora, mas também pode ser muito gratificante!
