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A Crônica da Semana: Que tal um sorriso?

Segunda-feira e muita gente a encara com aquele semblante cansado, reclamando que está muito distante do final de semana ou entediado por iniciar mais uma jornada de trabalho. E pensar que um simples gesto pode mudar o seu dia e o dia de outras pessoas: sorrir!

O sorriso não é apenas a curva mais bonita do corpo, mas uma ação e reação essencial e vital, principalmente neste cotidiano frenético, onde a gentileza de tornou ‘artigo de luxo’.

Sorrir não é só esboçar contentamento com algo ou situação. É, sim, uma questão de ser gentil: proporcionando ou retribuindo, tornando conversas, diálogos mais agradáveis, seja no início ou no final deles

Este gesto tão singelo é característico de minha vida pessoal e profissional. Pessoalmente, sempre recebo ou me despeço com um sorriso, não importa quem seja: de conhecidos a desconhecidos. O sorriso aquece as almas, favorece a empatia! Já na profissão, o ato de sorrir é uma recepção indispensável ao entrevistado, pois ‘quebra’ o clima, por vezes tenso, antes de uma entrevista.

E quantas vezes ‘arranquei’ sorrisos de entrevistados mais sisudos, descontraindo o perguntar e responder, o que contribuiu muito às respostas de algumas perguntas. É como se o sorriso ‘desarmasse’ as partes, tornando tudo mais leve, transparente.

A leveza do gesto muda o semblante do rosto, traz alívio, conforto, e, em alguns casos, um súbito êxtase e é por isso que sorrir é, de fato, vital.

Em minha modesta trajetória de repórter (e lá se vão 22 anos), dois sorrisos me arrancaram sorrisos e certa dose de emoção, as quais recordo sempre com prazer.

Um deles foi do saudoso senhor Chico Grassi, o ‘Chico Benzedor’, como muitos o chamavam. Pouco dava para ver seus dentes, mas seu semblante ao sorrir transmitia uma paz… Da pequena capela onde orava e benzia, seu sorriso era parte da fé inabalável que tinha. Das entrevistas que tive o privilégio de fazer com ele, junto aos tantos ensinamentos de vida e para a vida, o sorriso espontâneo era a melhor parte da ‘notícia’.

Já o outro entrevistado era difícil sorrir, talvez pela profissão que exigia uma postura mais séria ou por simplesmente ser tímido, arrancar-lhe um sorriso era mais difícil que uma informação confidencial!

Porém, em determinada ocasião, enfim, sorriu, marcante! Esboçou fisionomia ainda desconhecida a mim. Interessante o poder de um sorriso: ele marca, profundamente.

Enfim, se você ainda não sorriu hoje, para você mesmo, à frente do espelho, ou para algo ou alguém não perca a oportunidade! Comece a semana com esse gesto nobre de empatia, gratidão, alegria e proporcione isso para outro que dele necessite. Sim, pois sorrisos também curam: a alma, o coração, e incentivam à vida.

Experimente essa sensação, que faz até os olhos sorrirem! E que você encontre gente que retribua, porque poucas coisas na vida são melhores do que sorrir e ser correspondido!

Boa semana!

Natália Tiezzi

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