Evolução: Uma história de 36 anos, 31 lojas, cerca de 500 colaboradores e perseverança no trabalho

A Evolução, tradicional empresa, sendo uma das lojas mais lembradas e queridas pelos rio-pardenses completou 36 anos de atividades. Atualmente com 31 unidades, distribuídas entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais, com cerca de 500 colaboradores, ela mantém em suas raízes o acolhimento, os ensinamentos, além do dom às práticas comerciais, que iniciaram em 1913 com a família João, de descendência libanesa.
Para contar um pouco dessa história comercial e familiar, o site e jornal online Minha São José entrevistou o empresário Felipe Junqueira João, que faz parte da quarta geração, que junto ao pai, Fernando Antônio João, e a irmã, Fernanda Junqueira João, sendo os três graduados em Admistração de Empresas, gerenciam este verdadeiro império, construído ao longo dessas mais de três décadas, e que só se desenvolveu por conta da perseverança, da vontade e da ação aos trabalhos desta família.
Ao longo da entrevista, Felipe destacou que o comércio que deu origem à Evolução começou, na verdade, com seu bisavô e a tradição dos negócios foi passada de geração em geração.
Ele contou, ainda, que o pai, Fernando, aproveitou algumas boas oportunidades que surgiram na atividade comercial, entre elas a aquisição da própria loja “A Evolução”, cujo primeiro ponto adquirido foi em Porto Ferreira e depois em São José do Rio Pardo.
“É muito bom relembrar tanta história de nossos familiares, cujos exemplos de humildade, trabalho e dedicação ainda perduram, e que são nossos alicerces aqui na Evolução”, afirmou Felipe.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
…E TUDO COMEÇOU EM 1913 COM A CASA VIOLETA
A trajetória da família João junto ao comércio iniciou em 1913, quando o senhor Gabriel João, que nasceu no Líbano e imigrou para o Brasil, e em terras rio-pardenses, deixou sua marca e bons frutos.
“Foi meu bisavô, Gabriel, que inaugurou a Casa Violeta em 1913, na esquina da rua Dr. João Gabriel Ribeiro com a rua Treze de Maio (onde hoje funciona a Casa de Bolos). Era uma casa que comercializava basicamente tecidos. Lá também foi o início da jornada de trabalho de meu avô, senhor Jorge João e do irmão dele, Miguel, cuja necessidade também o levou à prática comercial”.
Senhor Jorge assumiu a loja tempos mais tarde e adquiriu um novo imóvel, também à rua Treze de Maio, onde funciona até hoje a Casa Violeta. “Nessa época, 60 anos atrás, minha avó, dona Angelina Tinti, passou a trabalhar no estabelecimento, que já não comercializava apenas tecidos, mas roupas básicas confeccionadas, cobertores, chapéus e até vestidos de noiva, numa época em que a loja abria até aos domingos!”.
Fernando, filho do casal Jorge e Angelina, praticamente nasceu entre os balcões e, como não poderia ser diferente, começou a trabalhar no comércio da família. Entretanto, aos 18 anos, mudou-se para São Paulo, onde viveu na casa de uma tia, estudou na Fundação Getúlio Vargas e trabalhou em algumas empresas.
“No início da década de 80, meu pai se casou com Maria Ângela, minha mãe, também rio-pardense, e continuaram a viver em São Paulo. Eu nasci na capital, porém, ambos optaram por voltar a Rio Pardo, principalmente para ter mais qualidade de vida. Meu pai não aceitou permanecer no trabalho que tinha em uma grande empresa e quando chegou por aqui passou a ajudar na Casa Violeta e também cuidar de um sítio, cuja parte era de minha mãe. Inclusive moramos um tempo lá”, explicou Felipe.

‘A EVOLUÇÃO’: DA NECESSIDADE À OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO
No início de 1989, Fernando enxergou a oportunidade de também ter seu próprio negócio. “É uma história interessante, pois meu pai soube que o senhor Valter, proprietário da ‘A Evolução’, com três lojas, sendo uma em Porto Ferreira, uma em São José, que funcionava onde atualmente é a Stufa, e uma em Mococa, estava vendendo a unidade de Porto Ferreira. Em conversa com o comerciante, que estava voltando à Uberlândia/MG, meu pai fez a proposta para comprar a loja de Porto Ferreira, pois a de Mococa já havia encerrado as atividades. E ele fechou negócio com o senhor Valter em fevereiro de 1989. Um mês depois, meu pai também adquiriu a loja de Rio Pardo, iniciando com esses dois estabelecimentos”.
Mas, como todo o começo é difícil, Fernando também passou por algumas situações em que teve que arriscar e criar da necessidade a oportunidade para o desenvolvimento. “Poucos meses depois de adquirir a Evolução em São José, o proprietário do prédio pediu o espaço. Meu pai alugou um imóvel onde funciona a Receita Federal, uma rua ruim para comércio, e por lá a loja ficou por seis meses. Após esse período, mudou novamente para a rua Treze de Maio, onde permaneceu por mais um tempo, até que decidiu que estava na hora de ter um imóvel próprio e deixar de pagar alugueis. (Ele nunca gostou de pagar aluguel, até hoje é assim. Poucas são as filiais cujos espaços não são nossos). Em meados de 92, ele adquiriu imóvel à rua Coronel Marçal, esquina com a Francisquinho Dias, e lá iniciou uma nova fase da Evolução”.
Felipe ressaltou que em meados de 1994, a loja passou a focar na comercialização de outros produtos, ampliando a oferta aos clientes, e investindo em cama, mesa e banho, além de confecções para toda a família.
“Acredito que a grande transformação da loja, em todos os sentidos, ocorreu com a aquisição de mais um ponto comercial, em meados de 1997, quando mudamos novamente para este endereço atual, à rua Francisquinho Dias. Ampliamos o espaço, modernizamos os setores, propomos uma loja com uma vitrine que realmente chama a atenção, além de novas propostas em confecções, cama, mesa e banho, com marcas diferenciadas. A ideia era que a família encontrasse tudo em um só lugar e essa proposta vem obtendo muito êxito, até com equilíbrio nas vendas: atualmente 40% delas é no setor de cama, mesa e banho, e 60% confecções”.




FILIAIS: FAZENDO O QUE É PRECISO, SEMPRE
A Evolução evoluiu, literalmente, em todos os sentidos: a partir de 1993, Fernando iniciou a abertura de filiais, começando por Mococa. Hoje a Evolução está presente também em Descalvado, São João da Boa Vista (duas unidades), Poços de Caldas, Vargem Grande do Sul, Casa Branca, Pirassununga, Amparo, Aguaí, Mogi Mirim, Santa Cruz das Palmeiras, Socorro, Sertãozinho, Santa Rita do Passa Quatro, Monte Mor, São Carlos, Paulínia, Orlândia, Pedreira, Barretos, Guaxupé, Itajubá, Extrema, Ituverava, Serra Negra, Monte Alto, Capivari, Leme, além de Porto Ferreira e Rio Pardo.
Felipe e a irmã, Fernanda, também começaram ainda adolescentes a ‘ajudar’ na loja. “Fazíamos o que fosse preciso e acho que foi por isso que aprendemos a trabalhar em todos os setores. Vivenciamos o cotidiano, cada um em sua função: atualmente estou na área comercial/marketing, a Fernanda nas compras, e nosso pai continua administrando o Financeiro da empresa”.
Ele informou que cada filial possui um gerente, além de uma grande equipe, que vai desde profissionais de secretaria até os colaboradores, que soma quase 500 pessoas. E qual será o segredo para administrar tudo isso, além de lidar com tantos funcionários?
“Sobre lidar com equipes de trabalho, inclusive no comércio, muitas vezes não é fácil, mas talvez o segredo seja ouvir, ponderar e não tomar decisões de ‘cabeça quente’. Esperar, neste caso, é, de fato, ganhar tempo às ações mais eficazes. Também acredito que o êxito do comércio é perseverar e fazer o que é preciso, sempre com muito comprometimento, esforço e, claro, contando com boas pessoas para nos auxiliar. Assim se fez e se faz a Evolução diariamente”, concluiu Felipe.
Em tempo: Agradecemos ao Felipe por prontamente aceitar a entrevista e dividir a história de êxito familiar no comércio, bem como ao Marcelo (supervisor) e Izael (gerente) pela recepção na loja e ao escritório da empresa, onde essa entrevista foi promovida.