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Neuropsicóloga Ana Amélia J. Capuano destaca participação no Congresso “Aprender Criança”

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

A busca por fontes de conhecimento, aprimoramento de técnicas, e a comunhão de vivências e experiências faz parte da rotina profissional da neuropsicóloga Ana Amélia Junqueira Capuano, principalmente com aprendizados voltados aos Transtornos do Neurodesenvolvimento, cujos diagnósticos aumentaram e aumentam significativamente dia-a-dia, inclusive em crianças e adolescentes.

Ela atua com Avaliação Neuropsicológica em crianças desde 2019 e de lá para cá participa de inúmeros Congressos também para se atualizar no complexo tema, que exige atenção, perspicácia e, claro, conhecer cada condição para a busca de possíveis diagnósticos.

Recentemente, entre os dias 17 e 19/07, Ana Amélia participou, pelo segundo ano consecutivo, do maior Congresso da América Latina acerca do tema, o “Aprender Criança”, que foi promovido a capital paulista.

“Essa 19ª edição reuniu os maiores nomes nacionais e internacionais nos Transtornos do Neurodesenvolvimento, com 57 palestras, 33 horas de conteúdo ao vivo e tradução simultânea. Foi um privilégio participar das curadorias científica rigorosa, da abordagem interdisciplinar e discussões que integram saúde, educação e neurociência aplicada, com atualização real, prática e baseada em evidências para profissionais que não abrem mão de excelência”, afirmou.

A neuropsicóloga ressaltou temas abordados no Congresso, com destaque para o Autismo, TDAH, Transtornos de Aprendizagem, Comorbidades, Superdotação/Altas habilidades, Dislexia e seus subtipos. “Abordamos também estratégias práticas e atualizadas voltadas para a inclusão escolar e ambiente de trabalho, bem como a importância de uma atuação interdisciplinar no processo de avaliação e intervenção. Além disso, discutimos os avanços científicos, os desafios do diagnóstico precoce e a construção de práticas terapêuticas mais humanizadas e eficazes, sempre com foco na singularidade de cada indivíduo”.

A busca constante por aprendizados e troca de experiências faz parte do cotidiano profissional de Ana Amélia, que atua na Avaliação Neuropsicológica há seis anos

O COMPROMETIMENTO AO APRENDIZADO CONSTANTE

A atuação de Ana Amélia à Psicologia iniciou 19 anos atrás e após, a faculdade, fez pós graduação em Psico-Oncologia, área em que atua por mais de 14 anos, oferecendo suporte a psicológico a pacientes oncológicos e seus familiares. Em 2019 pós-graduou em Neuropsicologia, com especialização em Transtornos do Neurodesenvolvimento, área em que afirmou seu apaixonada.

“Essas formações me proporcionam uma visão mais ampla e integrada do ser humano, contribuindo para um trabalho clínico mais sensível, ético e fundamentado cientificamente. Cada atendimento é uma oportunidade de compreender o desenvolvimento humano em sua complexidade e de promover estratégias que favoreçam a autonomia, a inclusão e o bem-estar emocional. Essa experiência tem sido enriquecedora e me impulsiona a seguir em constante atualização, sempre buscando oferecer o melhor suporte às crianças e suas famílias”.

Ela falou, ainda, da importância de profissionais da área investirem em Congressos não apenas pelo conhecimento, mas pelas vivências compartilhadas, que são de suma importância à carreira.

“Participar de congressos é essencial para quem atua na área da saúde e da educação, especialmente quando lidamos com transtornos do neurodesenvolvimento. Esses encontros nos mantêm atualizados com as evidências científicas mais recentes, ampliam nosso olhar clínico e nos conectam com outros profissionais comprometidos com a excelência no cuidado. Mais do que uma atualização técnica, é um compromisso ético com as pessoas que nos procuram em busca de ajuda. Por isso, é fundamental que as famílias busquem profissionais que estejam em constante formação, que estudem, participem de eventos e estejam abertos ao novo. Somente assim conseguimos oferecer diagnósticos mais precisos, intervenções mais eficazes e, principalmente, um acolhimento mais humano e transformador”.

O Aprender Criança é o maior Congresso da América Latina acerca do tema e a neuropsicóloga participou pelo 2º ano consecutivo

APLICANDO OS CONTEÚDOS E FALANDO DE DIAGNÓSTICOS

Sobre como esse vasto conteúdo absorvido no Congresso a auxiliará, Ana Amélia observou que “diretamente na prática clínica e educacional, ampliando minha capacidade de identificar e compreender as singularidades de cada paciente, fortalecendo também minha atuação na promoção da inclusão, na construção de estratégias mais eficazes de intervenção e no diálogo interdisciplinar. Com esse aprofundamento, consigo oferecer um atendimento mais sensível, atualizado e alinhado com as reais necessidades dos pacientes e suas famílias, contribuindo para um desenvolvimento mais pleno e uma participação mais ativa na sociedade”.

Ela salientou a satisfação em contribuir com o desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos com transtornos do neurodesenvolvimento. “Isso é, sem dúvida, uma das maiores alegrias da minha trajetória profissional. Estar ao lado das famílias nesse processo, oferecendo escuta, orientação e caminhos possíveis, é uma missão que carrego com amor e responsabilidade”.

Mas, será que um diagnóstico destes é uma condenação? Ana Amélia acredita, profundamente, que não. “Pelo contrário, ele é uma oportunidade de compreender quem se é de verdade com suas potências, singularidades e formas únicas de existir no mundo. É um passo importante rumo ao autoconhecimento, à liberdade de ser, e à construção de uma vida mais leve, respeitosa e consciente. E que fique claro: não são as pessoas atípicas que precisam se moldar à sociedade. Somos todos nós que precisamos aprender a adaptar o mundo para que ele caiba em todas as formas de ser e sentir. Que sigamos, juntos, ressignificando caminhos, acolhendo diversidades e transformando realidades com mais empatia, ciência e amor”, concluiu.

“Acredito profundamente que o diagnóstico não é uma condenação. Pelo contrário, ele é uma oportunidade de compreender quem se é de verdade com suas potências, singularidades e formas únicas de existir no mundo”
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