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Verena Gargitter: Rio-pardense se destaca como Engenheira de Processo em Boston (EUA)

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A jovem de 27 anos afirmou que a família teve papel fundamental para a escola de sua carreira, principalmente o avô materno e os tios

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas. Dando sequência às matérias do Espaço ‘Cadê Você?’, o www.minhasaojose.com.br traz nesta semana a história de Verena Gargitter, uma jovem rio-pardense, apaixonada por Ciências Exatas e Química, e quem vem se destacando como Engenheira de Processo nos Estados Unidos, país que reside faz alguns anos.

Quando residiu em São José, Verena cursou todos os anos escolares no Colégio Unigrau. Após graduou-se em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Itajubá. Aos 27 anos, a jovem acaba de concluir o Mestrado em Engenharia Mecânica na University of Delaware.

Durante a entrevista, Verena afirmou que a optou pela carreira por influência do avô materno e também dos tios maternos e paterno. “Acabei escolhendo engenharia de materiais por ter mais química, uma matéria que gosto muito, e ser uma profissão do futuro”, destacou.

Verena também destacou um momento especial de sua carreira, que lhe garantiu uma bolsa de estudos e pesquisa financiada pela NASA, a Agência Espacial Americana, contou detalhes sobre o trabalho que desenvolve e dos projetos para o futuro.

E, claro, falou das saudades que sente de sua terra natal, sobretudo da família, amigos e dos cheiros, sabores e sons que lhe marcaram em Rio Pardo.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.

Verena, com quantos anos saiu de São José para estudar?

Verena Gargitter: Com 18 anos, assim que me formei do Colégio e fui direto para a faculdade, em Itajubá.

O que a motivou à graduação em Engenharia de Materiais? Você teve alguma influência familiar ou de amigos?

Quando eu estava no colégio decidi fazer engenharia porque era muito boa nas matérias de exatas e adorava química. Tive também muita influência do meu avô, Orlando Germek, porque “ajudava” ele a consertar as coisas quando criança. E principalmente dos meus tios Ruy Germek, engenheiro mecânico, e Klaus Gargitter, engenheiro de materiais. Ter esse contato próximo na família foi essencial na minha escolha. Os meus tios me levaram para as empresas para mostrar como tudo funcionava. Acabei escolhendo materiais por ter mais química e ser uma profissão do futuro.

Prêmio “pesquisador visitante”, uma conquista estudantil de Verena pela University of Delaware

E quando surgiu a oportunidade de morar e trabalhar nos Estados Unidos?

Eu sempre quis fazer intercâmbio. Na universidade, quando foi minha vez de ir pelo “Ciências sem Fronteiras”, o programa acabou. Meu professor de materiais compósitos tinha contato com o renomado Centro de Materiais Compósitos da Universidade de Delaware, nos EUA. Como eu era muito boa aluna, ele me recomendou para fazer um estágio lá e me colocou em contato com meu então futuro chefe. Eu mandei meu currículo, uma cover letter (carta de apresentação curricular) e fiz uma entrevista por vídeo. Meu estágio era de 6 meses, mas eles me contrataram depois por mais 1 ano. Após, me ofereceram um PhD com bolsa, mas como não queria ficar muito tempo na área acadêmica, acabei optando por fazer mestrado. Foi a primeira vez que viajei para fora do Brasil.

Atualmente, qual cidade reside e qual é o seu trabalho?

Atualmente moro em Boston, Massachusetts. Sou Engenheira de Processo em uma startup de impressão 3D chamada Fortify.

Verena na conclusão do Mestrado em Engenharia Mecânica, ao lado do banner TuFF, material que ajudou a desenvolver no projeto

Conte um pouco sobre esse trabalho e quais os objetivos do mesmo.

As impressoras 3D da Fortify usam luz UV para curar o material camada por camada formando o produto final. O diferencial da empresa é usar e alinhar fibras para reforçar o material e desenvolver materiais inovadores para diversas aplicações. De maneira geral, meu trabalho é otimizar o processo e consequentemente o produto final.

Qual foi o momento mais importante de sua carreira?

Acho que foi fazer parte do desenvolvimento de um material inovador à Agência de Defesa Americana (DARPA), que ganhou vários prêmios. Ter sucesso nesse projeto me proporcionou receber uma bolsa de estudo e de pesquisa financiada pela NASA.

Verena, o que é o melhor e o que é pior em morar fora de sua cidade natal e do Brasil?

Acho que a melhor parte de viver nos EUA é a segurança. A pior parte com certeza é ficar longe da família e dos amigos. E também sinto muita saudade de jogar truco, beber na rua, e bater palma para cantar parabéns (risos), entre muitas outras coisas.

Neste registro, junto com o namorado Ryan McDonough, no Grand Cânion

Qual é a sua maior saudade de São José? Cite um sabor, um cheiro e um som que a faça lembrar de Rio Pardo.

Minha maior saudade é a minha família. Sinto falta de encontrar conhecidos em todos os lugares. Sabores são da Coxinha do Fafá, pizza da Zipittus, sorvete do Palácio, refeições em família (tem muitos sabores para citar – risos). Cheiro de manga e terra molhada depois da chuva. Som das maritacas e da banda do meu pai, Kleber Gargitter.

Para finalizar, quais são seus projetos para o futuro? Pretende continuar nos EUA ou voltar ao Brasil?

Por enquanto vou ficar nos EUA, mas tenho muita vontade de voltar. Eu e meu namorado temos planos de morar no Brasil daqui uns anos, mas talvez não definitivo. Primeiramente, pensamos em consolidar nossas carreiras.

Momento em família: Nas vezes que vem ao Brasil, Verena não dispensa a companhia dos familiares
Acompanhada do namorado, Verena ao lado do pai, Kleber Gargitter e a esposa, Noemi
Com a mamãe, Luciana Germek e Ryan nos Estados Unidos
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