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Futura médica Catharina Dal Bon fala da paixão e entrega à Medicina

Catharina cursa o 1º Ano de Medicina na UNIP/Rio Pardo

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Ouvir, sentir, entender. Você já deve ter lido inúmeras entrevistas com médicos, mas já viu alguma com alunos que cursam Medicina? O complexo universo acadêmico que envolve o curso, os anseios de um futuro médico e, claro, a paixão e entrega à profissão.

Hoje, o www.minhasaojose.com.br apresenta Maria Catharina Vechini Dal Bon, 20 anos, aluna do 1º ano do Curso de Medicina da UNIP/Rio Pardo, pertencente à 4ª Turma. Ela destacou tudo que está vivendo na faculdade, suas perspectivas futuras e, claro, sobre a família, sua base, seu apoio incondicional aos estudos e carreira.

Convidamos a todos à entrevista que vai além de uma matéria, sendo uma reflexão, uma dose de otimismo e verdade sobre uma jovem futura médica acerca dessa tão especial profissão. Confiram!

Minha São José: Catharina, quando decidiu cursar Medicina? Teve alguma influência à carreira?

Maria Catharina Vechini Dal Bon: Desde muito nova, percebi que havia algo no estudo do corpo humano que me encantava profundamente. Lembro que, ainda no ensino fundamental, as aulas de ciências despertavam em mim curiosidade além da sala de aula, por exemplo, era fascinante aprender alguns órgãos do sistema digestório no 4° ano. Já no ensino médio, especialmente durante o período da pandemia, pude me aprofundar, de forma ainda mais intensa, no universo da biologia, com dedicação e apoio para explorar temas que fossem além do currículo, principalmente na parte de metabolismo e bioquímica, e isso me trouxe muita realização e sensação de descoberta, sendo parte do desejo de seguir esse caminho na medicina atualmente. Por outro lado, vale ressaltar que essa decisão não foi apenas acadêmica. Ela também foi afetiva e social. Sou filha única, cresci muito próxima dos meus pais, que sempre me ensinaram a importância de olhar para o próximo com empatia. Lembro de momentos em que, juntos, buscávamos ajudar quem estava em situação de vulnerabilidade — e ver o brilho no olhar dessas pessoas me marcou profundamente. Até hoje, quando estou em atividade, mesmo como estudante, escuto histórias de pessoas que foram e são ajudadas por meus pais e isso aquece meu coração. Dessa forma, percebo como pequenas atitudes podem transformar vidas, e isso se conecta diretamente com o que acredito ser a essência da medicina. Além disso, sempre tive professores que acreditaram em mim, que transformaram o meu aprendizado em algo ativo, motivador. Levo cada um deles comigo, com muita gratidão, porque eles foram fundamentais para me mostrar que o conhecimento pode, sim, ser a ponte entre o sonho e a realidade, entre o pensar e o agir. Também gostaria de destacar que após concluir o ensino médio, mesmo já sentindo um grande chamado pela medicina, carregava em mim um certo receio sobre a maturidade necessária para seguir esse caminho que exige tanta responsabilidade, entrega e profundidade. Por isso, decidi dar um passo consciente e iniciei o curso de Biomedicina na UNIP, aqui mesmo em São José do Rio Pardo, e hoje percebo o quanto isso foi importante para a minha experiência profissional e pessoal. Durante o tempo em que estive lá, fui acolhida por professores incríveis, que me ensinaram com muito empenho e dedicação. Criei laços verdadeiros, vivi experiências significativas e pude me aprofundar ainda mais no universo da saúde, entendendo um pouco mais da ciência envolvida. Essa vivência não apenas me deu base sólida e ativa, que hoje me acompanha no curso de Medicina, como também se tornou uma inspiração. A Biomedicina me mostrou, na prática, o quanto eu sou apaixonada por esse universo, e me ajudou a perceber que meu caminho seguia para além — que meu lugar era mesmo junto ao paciente, em contato direto com a vida, com o cuidado, com a escuta. Foi nesse período que amadureci como pessoa e como futura profissional da saúde. Ganhei confiança, entendi a seriedade da escolha que queria fazer e me fortaleci para, com coragem e serenidade, dar o próximo passo: o ingresso na Medicina. Olho para trás com muito carinho por essa etapa, pois foi ela que acendeu ainda mais em mim o desejo de servir, de compreender o ser humano em sua totalidade e de fazer a diferença de forma próxima, empática e transformadora. Outra influência muito especial na minha trajetória é o meu namorado, que também estuda medicina. Desde o início, ele sempre acreditou no meu potencial, me apoiou nos momentos difíceis e esteve ao meu lado com companheirismo, paciência e incentivo, além de também torcer e participar de cada conquista. Nós compartilhamos muitos momentos em conjunto, dicas de estudos, trocas de experiências e crescemos juntos nessa caminhada tão intensa. Além disso, eu percebi que ter alguém ao lado que vive o mesmo sonho torna tudo mais leve, mais forte e mais bonito. E, não posso deixar de mencionar o Dr. Teixeira: o médico que cuidou e cuida de gerações da minha família. Ele sempre foi uma referência para nós, admirado por todos, alguém que não apenas exerce a medicina com excelência, mas com presença, sabedoria e com humanidade. Desde criança, me lembro de ouvir histórias inspiradoras sobre ele, e ressalto a de um momento difícil em que meu pai, ainda pequeno, enfrentou um sério problema de saúde e foi graças à rapidez e sensibilidade do doutor que tudo deu certo. Posso dizer que a decisão pela medicina não aconteceu de um dia para o outro. Foi sendo construída em silêncios, em encontros, em emoções, desejos pessoais, sonhos em família, incertezas, certezas, renúncias, buscas, muita confiança e fé em Deus.

“Cursar Medicina tem sido, sem dúvida, uma das experiências mais transformadoras da minha vida. É uma trajetória de muita responsabilidade, dedicação, resiliência e, acima de tudo, de fé em Deus”

Por que optou pelo curso de Medicina na UNIP/Rio Pardo?

Escolher cursar Medicina na UNIP de São José do Rio Pardo foi, para mim, uma decisão que uniu o coração, as minhas raízes e o meu propósito de vida. Essa cidade não é apenas onde nasci, mas é também o palco da história da minha família: foi aqui que meus pais se conheceram, onde meus avós construíram suas vidas, e onde meus antepassados italianos decidiram recomeçar em busca de oportunidades. Dessa forma, o município significa, no meu olhar , pertencimento, memória viva. Quando soube que um curso de Medicina seria implantado aqui, fiquei verdadeiramente eufórica e emocionada. Observar de perto que uma estrutura tão bem planejada, com um corpo docente de excelência, um método de ensino moderno e estruturado como o PBL, e uma integração genuína entre teoria e prática estaria disponível na minha própria cidade, foi como um presente. Tudo isso despertou em mim a certeza de que eu poderia me formar com qualidade, sem precisar me afastar das minhas raízes. Além disso, estudar aqui me permite compreender de perto as necessidades reais da população da minha região. Cada bairro, cada município ao redor tem suas particularidades, suas vulnerabilidades, suas histórias, e poder aprender a medicina a partir dessa realidade local é algo que me motiva profundamente. Quero retribuir à minha cidade tudo o que ela me proporciona. E formar-me médica aqui, onde tudo começou, é também uma forma de honrar essa trajetória.

O que está achando do curso? Quais suas impressões sobre estrutura, professores, etc?

Cursar Medicina tem sido, sem dúvida, uma das experiências mais transformadoras da minha vida. É uma trajetória de muita responsabilidade, dedicação, resiliência e, acima de tudo, de fé em Deus, porque, todos os dias, somos lembrados de que estamos lidando com vidas, com histórias, com realidades que exigem o nosso melhor e com o amor da vida de alguém. Estar nesse curso é viver, um sonho que sempre foi meu, mas que também é compartilhado com a minha família. Eu brinco que nós cursamos medicina juntos. Cada pequena conquista tem um valor imenso, e o brilho nos olhos de quem me acompanha nessa jornada me mostra que vale a pena cada esforço. Desde o início, a estrutura da UNIP foi um dos diferenciais que mais me impressionaram. A universidade investiu em laboratórios modernos, salas de aula bem equipadas, ambientes simulados e recursos de ponta, tudo pensado para oferecer formação de excelência. Além disso, o curso foi estruturado com muito cuidado, e isso se reflete também nos professores: mestres e doutores com ampla experiência prática, acessíveis, presentes e verdadeiramente comprometidos com a formação de cada aluno. Uma das minhas maiores alegrias tem sido o contato com a prática desde o primeiro ano. Nós somos incentivados a atuar desde cedo, seja nos estágios supervisionados, nas atividades nas ESFs, nas ações de extensão voltadas à comunidade ou nos nossos projetos de educação em saúde. Hoje, por exemplo, sou integrante da Liga de Cirurgia e já pude participar de estágios cirúrgicos acompanhada por médicos — vivências que vão muito além da teoria. A convivência com a minha turma também é algo muito especial. Somos a quarta turma do curso e criamos uma rede de apoio muito bonita entre nós e com os estudantes de outros anos, nos ajudando, com trocas de experiências, e construímos vínculos verdadeiros através das tutorias dos casos clínicos, das atividades de extensão e do cotidiano. Sendo assim, o método PBL nos desafia a sermos protagonistas do nosso aprendizado, mas também fortalece essa integração entre teoria e a prática das aulas de forma muito consistente e eficaz. No primeiro ano, já estamos desenvolvendo trabalhos científicos, apresentando temas e projetos, estudando questões e situações envolvendo ética médica, simulando atendimentos com atores, criando soluções reais para problemas de saúde da população, e estabelecendo vínculos com as instituições de saúde.

Após a graduação, já sabe qual será sua Especialização?

No momento, ainda não tenho uma escolha definitiva quanto à especialização ou residência, e acredito que isso faz parte do processo natural de quem está no início da formação médica. Ainda estou conhecendo muitas áreas e me permitindo viver cada experiência com entrega e curiosidade. Neste momento, meu foco é ser uma estudante comprometida, presente e dedicada, procurando reter o máximo de conhecimento e aprendizado para, no futuro, ser uma médica preparada e empática às necessidades do próximo. Apesar de estar aberta a tudo o que ainda vou descobrir ao longo da graduação, já percebo um encantamento por algumas áreas, como a geriatria e a clínica médica. Aprecio muito a escuta atenta e o cuidado contínuo que a clínica oferece, a importância da postura médica, da relação médico-paciente, do saber ouvir e da sensibilidade que envolvem o cuidado, além da responsabilidade em cuidar do amor da vida de alguém. Dessa forma, ainda tenho muito a vivenciar, mas sigo atenta aos sinais do caminho, confiando que, com o tempo, a escolha certa irá se revelar, com propósito, foco, fé e determinação.

“Ser uma boa médica vai muito além de dominar técnicas ou acumular conhecimento. É, antes de tudo, saber ouvir com atenção, agir com sabedoria no tempo certo e construir uma relação de confiança sincera com o paciente”

Onde pretende fazer a Residência?

Ainda é cedo para afirmar com total certeza onde pretendo fazer minha residência, mas o que já tenho em mente é o desejo de continuar em um ambiente que valorize a prática humanizada, a excelência técnica e o comprometimento com a formação de profissionais éticos. Sendo assim, desejo realizar a minha residência em um centro que me desafie, que me ensine na prática, e que tenha uma forte integração com a realidade da saúde pública, pois acredito que é nesse espaço que podemos fazer a diferença na vida das pessoas que mais precisam.

E o que é ser um bom médico?

Para mim, ser uma boa médica vai muito além de dominar técnicas ou acumular conhecimento. É, antes de tudo, saber ouvir com atenção, agir com sabedoria no tempo certo e construir uma relação de confiança sincera com o paciente. É enxergar o ser humano por inteiro, não apenas em seu aspecto biológico, mas também em sua dimensão emocional, social e familiar. É ter sensibilidade para acolher a dor do outro, mesmo quando não há cura, e responsabilidade para fazer o que for possível com ética, empatia e amor ao próximo. Acredito que um bom médico é, antes de tudo, alguém que foi um bom aluno — atento, dedicado, curioso — e também um bom filho, com valores, respeito e humanidade pelas pessoas. No momento da dor, da dúvida ou da fragilidade, o médico se torna, muitas vezes, a figura mais importante na vida daquele paciente. E isso exige não apenas preparo, mas entrega. A medicina, para mim, é um ofício no sentido mais nobre da palavra. Exercê-la é desenvolver uma identidade e uma postura que transcendem o jaleco: é cuidar do outro com humildade, com escuta ativa e com compaixão. É considerar o paciente dentro do seu contexto de vida, da sua história, das suas relações. Ser médico é, em essência, ser ponte entre a ciência e o cuidado. E eu espero, com o tempo, me tornar essa ponte para cada pessoa que cruzar o meu caminho.

Você acha que para cursar medicina é preciso ter ‘dom’ à profissão?

Acredito que para cursar Medicina não é, necessariamente, preciso ter um “dom”, no sentido místico ou inato da palavra. O que realmente faz a diferença é o compromisso, a dedicação e o desejo genuíno de se desenvolver como estudante e como ser humano. Medicina é, sim, uma profissão exigente, que demanda esforço contínuo, mas também é uma construção diária, pois ninguém nasce pronto para ser médico. A formação envolve não apenas o aprendizado técnico e científico, mas também o cultivo de valores como empatia, escuta, responsabilidade e ética. Ser um bom médico, para mim, não depende apenas de talento, mas da maneira como cada um encara sua jornada: com humildade para aprender, com coragem para enfrentar os desafios e com sensibilidade para cuidar do outro. É o estudante comprometido que se transforma no profissional competente. Portanto, mais do que dom, o que faz um bom médico é a disposição de se transformar constantemente para melhor servir à vida.

Até o momento, o que mais te chamou a atenção no curso de Medicina?

Dentre tantas coisas, destaco que todos os dias, seja dentro da faculdade ou fora dela, somos expostos a situações que nos desafiam a pensar, agir, sentir e crescer. A medicina é muito mais do que um curso, é uma escolha diária, que exige entrega total. A carga horária é extensa, os conteúdos são exigentes, os dias parecem não ter fim. Mas ainda assim, eu olho ao redor, respiro fundo e penso: “É aqui que eu quero estar.” Porque é exatamente dessa rotina intensa, viva e desafiadora que eu gosto. É nela que eu me encontro, que eu me construo, que eu me reconheço. O que mais me encanta na medicina é a sua dimensão humana e psicossocial. Não se trata apenas de casos, diagnósticos e tratamentos, mas de histórias, emoções, vínculos e dores silenciosas. Por isso, nas horas vagas, me dedico ao estudo da psicanálise, que tem me ajudado profundamente a compreender o ser humano em sua complexidade. Com ela, aprendi a olhar para além dos sintomas e a enxergar o que move o inconsciente das pessoas, o que significa determinados contextos para cada um, o que emerge em silêncio nas entrelinhas de cada vida. A medicina, apesar de exigir tanto de nós individualmente, é construída de forma coletiva. Os amigos que fazemos na graduação são como uma segunda família, pois estamos juntos nos momentos de superação e de cansaço, nos dias de conquista e nos momentos difíceis. Aprendi que, sem apoio, sem parceria, a jornada se torna mais pesada. Por isso, valorizo cada vínculo que criei até aqui. Eles me fortalecem, me inspiram e me lembram que não caminhamos sozinhos. Acima de tudo, ser estudante de Medicina é entender que não estamos nos preparando apenas para tirar boas notas, mas para cuidar de vidas, e isso é substancial. A responsabilidade que carregamos não termina quando termina uma aula ou uma prova. Ela é constante, interior, presente em cada escolha que fazemos. Por isso, a presença de Deus é essencial na minha trajetória. É Ele quem guia meus passos e me dá forças para continuar mesmo nos momentos mais difíceis. Além disso, estar na minha cidade, torna tudo ainda mais especial. Aqui estão minhas raízes, minha história, minha identidade. É uma região com realidades sociais muito diversas e, muitas vezes, desafiadoras. Dessa forma é muito importante observar e vivenciar esses contextos de perto, durante a formação, para compreender as necessidades concretas da população e me preparar para atuar de forma comprometida. No fim das contas, medicina é isso: um chamado que se constrói com esforço, mas também com afeto. Com estudo, mas também com escuta. Com técnica, mas acima de tudo, com humanidade.

Referência: “Ele sempre foi uma referência para nós, admirado por todos, alguém que não apenas exerce a medicina com excelência, mas com presença, sabedoria e com humanidade”, destacou Catharina sobre Dr. Teixeira

Qual a importância de seus pais à sua carreira?

Os meus pais são, sem dúvida, um dos maiores pilares da minha vida e da realização do meu sonho de cursar Medicina. Desde a infância, eles me ensinaram que a educação é um caminho que transforma, e que a fé em Deus é o que nos sustenta diante dos desafios. Sempre me incentivaram a sonhar, mas, acima de tudo, me mostraram a importância de construir esses sonhos com esforço, responsabilidade e coragem. Foram eles que, com tanto amor, me deram as condições para chegar até aqui: oportunidades, base e direção. Eles sempre fizeram questão de me lançar desafios, de provocar o meu crescimento, de me mostrar que eu sou capaz. É difícil expressar em palavras a gratidão que sinto por saber que posso contar com eles em todos os momentos. Eles estão comigo em cada passo, seja em silêncio ou em oração, no abraço depois de um dia difícil, ou no sorriso de quem torce com todo o coração. E mais do que apoio emocional ou financeiro, eles me acompanham de forma ativa: sonham junto, vibram com cada pequena conquista, fazem renúncias em nome da minha formação. Eles não apenas assistem à minha jornada: eles vivem essa jornada comigo. Quando digo que fazemos medicina juntos, é porque é exatamente isso. Eles vivem as provas comigo, a rotina intensa, as atividades de extensão, os cursos complementares, as noites em claro, os finais de semana de estudos, os estágios, os aprendizados, as angústias, as felicidades e as gratificações. Eles me aconselham, me ouvem, me acolhem nos momentos de cansaço, e me impulsionam a nunca desistir. Eles são meus pais, mas também meus maiores amigos, meus mentores, meus alicerces. A fé que tenho em Deus foi cultivada por eles. Quem sou hoje nasceu da educação que recebi dentro de casa. Sei que nem todas as pessoas têm o privilégio de viver esse tipo de relação, e por isso sou ainda mais grata. Eles não apenas me ensinaram a sonhar: eles me ensinaram a realizar. Cada pequeno passo que dou nessa caminhada carrega o esforço, o amor e a força deles. Cada conquista, por menor que pareça, é gigante para nós. E por isso, todas elas são NOSSAS. Porque eu jamais estaria aqui se não fosse por eles, e tudo que eu sou, e tudo que ainda serei, carrega o nome e a essência dos meus pais.

Para finalizar, como será a médica Dra. Catharina?

É difícil definir exatamente como será a Catharina médica, porque a Medicina é uma construção contínua, que começa muito antes do diploma e segue por toda a vida. Mas se eu pudesse imaginar essa profissional que estou me tornando, diria que desejo ser uma médica por inteira, presente de verdade. Alguém que une técnica e escuta, ciência e sensibilidade, precisão e empatia. É fundamental compreender e colocar em prática que em cada caso clínico há um ser humano com histórias, vínculos, medos e afetos distintos. Que cuidar de alguém vai além de intervir: é também saber estar, respeitar os silêncios, valorizar o que não se mensura em exames. Considerar que a clínica é soberana e a relação médico-paciente é primordial. Desejo ser uma médica que mantém viva a fé que aprendi em casa, a ética que me guia desde cedo e a força dos meus pais, que me ensinam diariamente o valor do amor, da coragem e da entrega. A Catharina como médica será, acima de tudo, humana. E se um dia alguém me definir assim — que cuidou com o coração, que escutou com paciência, que fez a diferença na vida de alguém — então saberei que estou sendo a profissional que sempre sonhei ser. E isso, para mim, será a maior vitória.

“Cada pequeno passo que dou nessa caminhada carrega o esforço, o amor e a força deles”, destacou a jovem estudante sobre o apoio dos pais
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