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Legislatura (2029/2032) terá subsídio de R$ 8.800,00 aos vereadores e R$ 10.000,00 ao presidente da Câmara

Na Sessão Ordinária de terça-feira, 02/12, os vereadores discutiram e votaram o Projeto de Resolução nº 18, de 19 de novembro de 2025, que fixa os subsídios dos edis à Legislatura 2029/2032. Por nove votos a três, o PR, de autoria do vereador Rafael Kocian, atual presidente da Casa de Leis, foi aprovado. O vereador Adriano Júnior não esteve presente por motivos de saúde, portanto, não votou.

Entretanto, antes da votação, posicionamentos foram expostos e debatidos pelos vereadores em Plenário. Kocian, além das vereadoras Lúcia Libânio e Priscila Abreu, entre outros que se posicionaram favoráveis ao aumento no subsídio do vereador, que passou de R$ 4.577,02 para R$ 8.800,00 (mensais) e o de presidente, de R$ 5.339,88 para R$ 10.000,00 (mensais) justificaram o aumento.

Tanto no Projeto de Resolução, quanto nas falas, estes vereadores destacaram os 13 anos de defasagem no subsídio, bem como que os valores estabelecidos não terão impacto financeiro desfavoráveis ao Legislativo Municipal.

Outra justificativa ao aumento, amplamente citada na Sessão, foi o trabalho incessante dos vereadores, que não têm dia e nem hora para receberem demandas e tentarem resolvê-las, negando a já ‘famosa’ citação que ‘vereador só trabalha às terças-feiras’.

“Vereador é uma função pública que tem que ser assumida com a maior responsabilidade possível, pois representamos 55 mil pessoas. Eu, como presidente dessa Casa, zelarei, até último dia da presidência para tentar dar as melhores condições possíveis aos vereadores. Não à toa estamos planejando expandir esse prédio para dar melhores condições de trabalho, uma vez que o vereador tem que ter essas boas condições para trabalhar e representar os anseios da população”, destacou Kocian durante seu pronunciamento ao voto favorável ao PR.

Os vereadores que votaram contra o Projeto foram Reinaldo Milan, Alexandre Tosini e Sara Mafepi. Alexandre observou que, embora respeite a opinião dos demais colegas, acredita que esse não seja o momento de aumentar o subsídio dos vereadores, assim como também observou Sara em sua fala. “Entendo que esse debate não corresponde ao momento que estamos vivendo. Um reajuste de aproximadamente 90% é completamente desproporcional, pois temos uma cidade ‘das redes sociais’ e uma cidade ‘da vida real’, e esse aumento não reflete o que a população espera de nós”, afirmou Tosini.

PARTE DA POPULAÇÃO ATIVA, MAS NÃO OUVIDA

Talvez o mais interessante e, ao mesmo tempo, chocante perante à população é que parte dela, ou seja, muitos munícipes manifestaram suas indignações perante o Projeto, ao vivo, pelas redes sociais da Câmara, enquanto os vereadores justificavam seus votos.

Alguns munícipes destacaram que também gostariam de ter um aumento próximo de 90% em seus salários, inclusive destinados ao funcionalismo público.

Outra internauta observou que “quem se propõe a ser vereador sabe a demanda que é, sendo ao sábados, domingo, etc. Quis ser vereador sabendo disso, sabendo do salário, sabendo de tudo e escolheu ser mesmo assim”.

Mais um morador, que se manifestou pelas redes, observou que “política não é profissão, é um sacerdócio que a população confia para representá-la, e quem acha que o trabalho é muito e o salário é pouco é só não se candidatar”.

Boa parte dos internautas que acompanhou a Sessão observou que, possivelmente, não votará nos vereadores que se posicionaram favoráveis ao reajuste dos subsídios. “A resposta para eles tem que ser nas urnas, na próxima eleição”, observou uma munícipe.

Enfim, embora contrariada à votação o Projeto, a população espera, como sempre esperará, que os vereadores e vereadoras da próxima legislatura honre os altos subsídios que receberão, sejam estes reeleitos ou não.

VEJA, ABAIXO, O PAINEL DE VOTAÇÃO

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