Beatriz B. Viana: Conheça a nova participante e saxofonista da Corporação Musical
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
Quem assiste as apresentações da Corporação Musical aos domingos, na Praça XV de Novembro, ou em eventos onde está presente já deve ter notado uma nova participação, e muito especial: sim, uma jovem, de 18 anos, que desde abril toca Saxofone Alto na ‘Banda”, Beatriz Brusamolino Baio Viana.
Em mais de 100 anos, poucas foram as mulheres que integraram a Corporação e Bia, como é carinhosamente chamada, está tendo este privilégio, que vai muito além de mostrar seu talento à música, mas de aprendizado e aprimoramento à sua paixão, que é o saxofone.
Na entrevista concedida ao site e jornal online Minha São José, ela contou um pouco de sua trajetória, que começou por incentivo do irmão, que à época tocava violino. Além do sax, Bia também toca piano, teclado, um pouco de percussão e está aprendendo violão. A dedicação aos estudos musicais chegam a quatro horas diárias.
“Posso dizer que a música muda a minha vida todos os dias, minha percepção sobre a vida, as pessoas, os sentimentos… E é um constante aprendizado. Além de que ela torna tudo mais belo”, destacou.
Sobre a participação da jovem na Banda, quem também falou foi o maestro Alex Bataglia, destacando o comprometimento, a dedicação e o talento dela, que muito estão agregando à equipe de músicos. Ele destacou, ainda, que o espaço na Corporação sempre estará aberto às mulheres profissionais da música, sendo que Bia é um grande incentivo e exemplo para muitas seguirem essa bonita carreira.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Minha São José: Bia, quando e por que iniciou os estudos à música?
Beatriz Brusamolino Baio Viana: Sempre apreciei a música em geral e o saxofone em si. Aos 9 anos fui à uma apresentação do Projeto Guri prestigiar meu irmão, no violin,o e me encantei pela apresentação de uma moça no saxofone, o que me inspirou ainda mais. Nessa época eu já havia começado a praticar um pouco de teclado e piano aos 7 anos.
Atualmente você ainda estuda? Em quais espaços?
Sim, ainda estudo no Projeto Guri, Conservatório De Tatuí e comecei há pouco tempo no Espaço Musical JF. Me dedico ao estudo de uma até quatro horas por dia.
Além do saxofone, que é sua grande paixão, você toca algum outro instrumento?
Além do sax também toco teclado e piano. E um pouco de instrumentos de percussão. Pretendo ampliar sempre mais meu conhecimento de instrumentos musicais, e até comecei aprender um pouco de violão.
Quando surgiu o convite para participar da Corporação Musical?
Há tempos, um dos meus professores sugeriu que um dia eu pudesse participar. De início conversei com meus professores sobre a possibilidade de eu tocar com a Corporação Musical e eles sempre me incentivaram a me dedicar, para que eu melhorasse minha leitura de partituras. Dia 3 de abril desse ano me chamaram para frequentar os ensaios da Banda! E eu gostaria de citar que ainda no começo do ano passado, meu falecido Tio Zé disse que estavam procurando músicos, e ele sempre me incentivou e dizia que eu deveria tocar com eles.
E qual é a sua sensação de tocar junto com os demais integrantes, pois são todos homens. Como te receberam?
Me receberam muito bem e com muita alegria! São pessoas queridas, que deixam o ambiente sempre mais alegre. Além disso aprendi mais sobre música com eles. E sobre todos serem homens, acredito que seja só um detalhe. Mas não posso negar que quando estou apresentando e algumas pessoas reparam, às vezes me sinto única, se é que posso dizer assim. É uma honra poder estar lá e sempre aprendendo mais.

Bia, há alguma música ou ritmo que sejam seus preferidos para tocar?
No momento gosto muito da música Wir Leben Blasmusik (Polka), de Peter Leitner, que dá início às apresentações. E gosto muito quando tocamos algum rock.
Quais são seus sonhos para o futuro? A música faz parte deles?
São muitos sonhos e a música, com certeza, faz parte deles. Pretendo tocar em bandas de vários tipos, orquestras, fazer solos, e muito mais. E não apenas no saxofone!
Para finalizar, o que a música mudou em sua vida?
Posso dizer que a música muda a minha vida todos os dias, minha percepção sobre a vida, as pessoas, os sentimentos… E é um constante aprendizado. Além de que ela torna tudo mais belo.

