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Traumas ortopédicos em idosos: Dr. Alberto Tostes fala dos riscos, prevenção e apoio

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Médico ortopedista da Unimed, Dr. Alberto Tostes, observou que a taxa de mortalidade associada à queda é alta porque a maioria dos pacientes idosos apresenta alguma doença prévia ao acidente

De acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizada em 2021, dos 210 milhões de brasileiros, 37,7 milhões são pessoas idosas (60 anos ou mais). Esse número maior de idosos, associado a uma forma de vida mais saudável e ativa, deixa esse grupo mais exposto ao risco de acidentes.

Os chamados “traumas nos idosos” são bastante comuns nessa faixa etária por uma série de fatores, segundo o médico ortopedista da Unimed Rio Pardo, Dr. Alberto Tostes. “Com o avanço da idade, o controle de equilíbrio se altera e leva à instabilidade na marcha. O equilíbrio e a marcha dependem de uma complexa interação entre as funções nervosas, osteomusculares, cardiovasculares e sensoriais. Além disso, estão diretamente relacionados à capacidade de adaptarem-se rapidamente às mudanças ambientais e posturais.”

Dr. Alberto explica que o trauma ortopédico é definido pelas lesões musculares e esqueléticas resultantes de acidentes que variam desde traumas de baixa energia, como acidentes domésticos, quedas simples e torções; até traumas de alta energia, como acidentes de trânsito, queda de alturas ou mesmo resultantes de esportes de alto rendimento. “Nos idosos, as fraturas mais comuns são decorrentes de traumas de baixa energia, como quedas dentro do domicílio, determinando principalmente fraturas do fêmur, punho, tornozelo e coluna.”

Fatores de risco

O ortopedista diz que durante o processo de envelhecimento, não apenas os ossos, mas todas as estruturas componentes do aparelho locomotor são atingidas. “Portanto, existem vários fatores de risco identificados como possíveis causadores de quedas em pacientes idosos: déficit visual e auditivo, alteração da marcha, equilíbrio, déficit cognitivo e uso de medicamentos (particularmente cardiovasculares e psicotrópicos), doenças degenerativas das articulações, fraqueza muscular, demências e fatores ambientais (tapetes, degraus, pisos lisos, entre outros).

Também a falta de informação sobre a importância de adaptações na residência, em calçados e na iluminação do ambiente contribuem para aumentar o risco de acidentes. “Podem provocar, sobretudo, fraturas no fêmur, junto ao quadril, com uma elevada taxa de mortalidade”, diz Dr. Alberto.

Mortalidade

De acordo com o ortopedista, a taxa de mortalidade associada à queda é alta porque a maioria dos pacientes idosos apresenta alguma doença prévia ao acidente. “As mais comuns são: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, osteoporose e sarcopenia (diminuição da massa muscular). A grande maioria (quase 90% dos idosos) cursa com algum tipo de complicação clínica após o trauma, como trombose venosa profunda, confusão mental, infecções e broncopneumonia.”

Acolhimento e apoio

Dr. Alberto explica que a fratura no idoso tem como consequência a frequente perda da independência, já que ele não consegue mais o nível de atividade pré-fratura. “Há um declínio na saúde e aumento do risco de internação em instituições para idosos. Eles passam a ter medo de quedas e sofrem uma consequente alteração psicológica.”

O processo de melhora, segundo ele, envolve diversas etapas que precisam ser seguidas com dedicação e rigor. “Varia de acordo com o tipo de fratura e gravidade da lesão. As mais simples, como fraturas de punho, levam em média 30 dias. Já as temidas fraturas de fêmur com complicações podem durar anos em reabilitação.”

O papel da família, portanto, é fundamental. “Quando os familiares fazem parte desse contexto estão também contribuindo para uma recuperação mais rápida e para o aumento da aderência ao tratamento. A presença da família e dos amigos íntimos é primordial para aumentar a sensação de acolhimento, amizade e apoio.”

Medidas simples, mas eficazes na prevenção de quedas

Retirar tapetes

Instalar corrimões

Trocar pisos escorregadios

Atentar aos tipos de calçados

Enfatizar a importância do uso de bengalas e andadores

Estimular a prática de atividades físicas supervisionadas (pilates, hidroginástica e fortalecimento muscular em academia)

Texto enviado ao site por Giselle Torres Biaco (Assessoria de Imprensa Unimed).

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