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Solidariedade frente à pandemia: Ro Maldonado fala da satisfação em ajudar ao próximo

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Ela, que foi criada em uma família de espírito muito solidário, disse que pequenos gestos podem garantir a alegria de muita gente

Reportagem e texto: Natália Tiezzi Manetta

Pagar uma conta, fazer uma compra, rezar uma oração, dar um simples ‘bom dia’. Esses são apenas alguns exemplos de situações onde a rio-pardense Rossana Tempesta Maldonado, a querida Rô ou Pi, como também é conhecida, vem fazendo a diferença na vida de muita gente, principalmente agora frente à pandemia que assola a cidade, o país, o mundo.

Nossa matéria destaque de hoje traz um pouco da história de Rossana com o voluntariado, ação que já fazia bem antes do surgimento do Novo Coronavírus. Na reportagem, ela representa muitos rio-pardenses que também se dispuseram a ajudar, principalmente àqueles que mais necessitam, neste momento em que a humanidade tanto precisa de pessoas que façam o bem ao próximo.

Tímida, Rô, mesmo por áudio, uma vez que a entrevista foi feita por meio de WhatSapp, se emocionou diversas vezes, inclusive mencionando a irmã, Luciana, uma de suas inspirações, junto com o pai, senhor João Maldonado, a continuar com o trabalho voluntário. Ela não é daquelas que gosta de expor suas ações, entretanto, abriu uma exceção.

“O intuito é despertar esse lado solidário nas pessoas. Essas ações solidárias nos tornam pessoas mais fortes e também satisfeitas, pois nada é tão gratificante do que ajudar aos que mais precisam”, contou Rô durante a entrevista que você, internauta, acompanha na íntegra abaixo.

Rô, o que te levou ao trabalho voluntário?

Rossana Tempesta Maldonado: Hoje, mediante atual situação que infelizmente todos nós estamos vivendo, a prestação de serviço voluntária se faz mais do que necessária. Eu sempre fiz serviços voluntários, seja por animais, pessoas de idade, pessoas com alguma doença, parentes que precisam de alguma coisa, amigos que necessitam de alguma ajuda, mas com esta pandemia generalizada aflorou um pouco mais a minha vontade em ajudar.

Você já havia sido voluntária em outras situações?

Sim. Já ajudei também, da maneira que pude, com alguns eventos para algumas causas ou ong, que faço parte. Na verdade são inúmeras causas e pessoas que me pedem ajuda, mas confesso que é difícil conseguir ajudar todo mundo da maneira como gostaria, mas eu tento!

Como a sua família enxerga esse seu lado voluntário? Eles te incentivam?

Minha família sempre me educou e orientou a agir e pensar assim. Ajudar o próximo, seja com uma oração, um pensamento positivo ou um trabalho voluntário na igreja, num almoço numa pizza ou jantar beneficente, ou com animais de rua que tanto amamos e são os que não podem pedir ajuda né… Enfim, acho que o voluntariado ‘está no sangue’.

Você sempre foi muito tímida e até reservada com relação ao voluntariado. Algo mudou com relação a isso frente à pandemia?

Apesar de sempre fazer trabalhos voluntários nunca gostei de divulgação. Aprendi com meu pai que devemos fazer e não nos vangloriar por fazermos isso ou aquilo. Neste caso de nossa entrevista tudo que estou fazendo nos últimos dias publiquei no meu Facebook para que mais pessoas que podem ajudar também ajudem. A situação que estamos vivendo é muito crítica. Às vezes as pessoas apenas querem um “bom dia”, um “como vai”, ou um “vai ficar tudo bem!” Me disponibilizei publicamente em ajudar para despertar esse lado solidário em mais pessoas.

E acha que está conseguindo sensibilizar as pessoas?

Sim! Não estou estou sozinha nessa! Tenho amigas de pedal, a Elaine e Má Zulli, que também estão dispostas a ajudar, além de mais algumas amigas que me ligaram e disseram que se precisar também estão nessa corrente de solidariedade junto comigo.

Qual a maior satisfação em ajudar o próximo?

Minha maior satisfação sempre foi ouvir meu pai falando que estou no caminho certo, pois desde pequena eu via ele fazendo e me orientando a fazer também. Segui o exemplo dele. Além disso, minha satisfação é, de alguma forma, ser exemplo para outras pessoas que começaram a me seguir nesta corrente do bem. É gratificante ajudar os idosos, as pessoas que moram sozinhas e não tem família presente por muitos motivos. Gostaria de citar um exemplo: Tenho uma amiga que está morando há muito tempo nos Estados Unidos e seus pais estão aqui em São José. Eles estão sozinhos aqui e sempre que precisam os ajudo. Acho que isso diminui essa solidão, o medo, a angústia desta quarentena. Sempre me coloco à disposição publicamente e já recebi muitas mensagens de pessoas me pedindo para ir ao supermercado (quando ainda não estavam entregando), além de pagamentos de contas e até levar idosos para tomar a vacina da gripe!

Quem mais te procura para este tipo de ajuda voluntária?

Neste momento são os idosos, inclusive faço isso até para minha família, mas estou à disposição de pessoas de qualquer idade. Portanto, não hesite em me chamar quando precisarem! Seja para pagar uma conta, seja para pedir uma oração ou uma palavra de conforto! Há muitas formas de sermos solidários uns com os outros: basta querermos!

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