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Município promove Campanha ao Combate do Abuso Sexual contra crianças e adolescentes

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Reportagem: Natália Tiezzi Manetta

Na próxima segunda-feira, 18, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. De acordo com dados divulgados pelo Conselho Tutelar, os números desse tipo de abuso caíram neste primeiro trimestre se comparado aos dois anos anteriores.

Entre janeiro e março deste ano foram registrados 3 casos, sendo que em 2019 foram 7, e em 2018, 4 casos. Apesar disso, o CREAS – Centro de Referência Especializado em Assistência Social em parceria com Conselho Tutelar, promove campanha de conscientização sobre o tema. O foco da mesma é a denúncia, através do Disque 100, frisando que a ligação é anônima e segura, assim como a denúncia realizada.

Além do Disque 100, a Campanha orienta que as denúncias também podem ser feitas a outros locais como o Conselho Tutelar (3682-9331 e 98388-5999), ESFs (agentes de saúde dos bairros), Delegacia (ligue 197), Guarda Municipal (ligue 153), Polícia Militar (ligue 190), além das escolas (por meio de professores, coordenadores e orientadores)

De acordo com Kátia Queiroz, do CEDECA – Centro de Defesa da Criança e Adolescente, a exploração sexual de uma criança implica que esta seja vítima de uma pessoa sensivelmente mais idosa do que ela com a finalidade de satisfação sexual desta. O crime pode assumir diversas formas: ligações telefônicas ou obscenas, ofensa ao pudor e voyeurismo, imagens pornográficas, relações ou tentativas de relações sexuais, incestos ou prostituição de menores. “Na realidade, devemos sempre considerar que se trata de atividades sexuais inadequadas para a idade e o desenvolvimento psicossexual da criança ou do adolescente, sendo sempre impostas por coerção, violência ou sedução, ou que transgridem os tabus sociais”.

Sobre os autores do abuso, Kátia destaca que, muitas vezes, devido a estereotipia que este assunto levanta, temos a impressão que os autores do abuso não são conhecidos pelos adolescentes e crianças. Puro engano, a maioria dos casos de abuso sexual acontece com autor conhecido pela vítima, podendo ser alguém da família, de um conhecido da família, isto também acontece nos casos intrafamiliares onde o pai está implicado.

Sendo assim, o agressor pode ser qualquer pessoa: tio, pai adotivo, pai, primo, irmão, avô, vizinho, amigo da família, não sendo realizado portanto, como se imagina, por pessoa totalmente desconhecida da vítima. E mais uma vez lembramos de que acontece em qualquer classe social envolvendo pessoas com bom nível de instrução ou não.

Portanto, não tenha medo de denunciar. A denúncia é o principal caminho para garantir a proteção de crianças e adolescentes que sofrem com o abuso e a exploração sexual.

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