Reflexão, desejo e ação: O Natal e o Ano Novo sob a ótica de Dr. Teixeira
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
Hoje, 24 de dezembro, o site e jornal online Minha São José traz uma reflexão, ou melhor, a ótica de um dos médicos e pessoas mais queridas e respeitadas da cidade, Dr. Antônio Teixeira Filho, que já vivenciou muitos Natais e Anos Novos.
Em mais uma boa conversa, como sempre ocorre, ele destacou como entende o nascimento de Jesus e a passagem de um ano para outro, desde a época de criança até os dias atuais.
“Natal, para mim, sempre foi uma festa universal aos cristãos, que é capaz de reunir pessoas mundo afora. Acredito que para compreender a importância deste momento ao cristianismo, devemos sempre nos perguntar: quem foi Cristo? Em meu entendimento Ele já influenciava os povos antes mesmo de seu nascimento, visto que Herodes se preocupava com a vinda do ‘Rei dos Reis’. Após nascer, recebeu a visita dos Três Reis Magos, que não era comum, e aí também observo uma figura mística, que influenciou, influencia e influenciará povos, sempre! (e isso sem escrever uma palavra)”.
Sobre os Natais vividos, principalmente quando criança, Dr. Teixeira descreveu o antes, o durante e o depois do 25/12. “Acreditávamos piamente que uma criança nasceria e viveria entre nós. Minha saudosa mãe já dizia: Deus está de olho em você!” E é como se Jesus viesse nos salvar de alguma coisa não tão boa que fizemos ao longo do ano”.
Já o presépio é outro destaque que o médico guarda boas lembranças. “Montar o presépio era um momento de muita emoção, era como se fosse um altar dentro de casa. Quanto mais próximo o nascimento do menino Deus, mais aproximávamos as peças da manjedoura. Até hoje acredito que o presépio é a união entre a Terra (animais, pessoas) com o Sangrado – Deus”.
E presentes? Qual será o que mais marcou Dr. Teixeira na infância? “Entre eles, um pneu de bicicleta! Era o que eu precisava naquela ocasião! E presente, sim, era só no Natal. Talvez por isso se tornasse tão especial e esperado!”.
Ontem, hoje e sempre, Dr. Teixeira entende e vive o Natal assim: “é a hora da reunião da família, de perdão, de entendimento, de aproximação, de congraçamento. De se refletir, de ter paz, de vivenciar amor. E que assim seja em todas as famílias. E, crianças e adultos, tomem bênção dos mais velhos. É um sinal de respeito (meio deixado de lado), mas que precisa ser resgatado”, disse.

ANO NOVO: HAVERÁ ALGO NOVO OU APENAS O NÚMERO 2026?
Sobre o novo ano que ora se iniciará em pouco dias, Dr. Teixeira questionou: será mesmo que haverá algo de novo que realizaremos em 2026? Apenas prometa aquilo que você cumprirá e não negocie com Jesus (no caso se meu pedido for realizado, rezarei tantos terços, etc). Acredito que o segredo para um ano realmente novo seja oferecer mais e pedir menos. Proponha mais do que solicite!”.
Ele afirmou, ainda, que o ser humano tem uma capacidade imensa de pensar, mas tem preguiça de mudar, de avançar, de trocar, de sair do lugar comum. “Mudanças necessitam de coragem e a sorte costuma segui-la. E quem não tem coragem, automaticamente, tem medo e o medo paralisa a pessoa. Não podemos nos deixar paralisar, estagnar. Agir é necessário à mudança, sempre”.
Receita de Ano Novo? “O que eu posso, o que eu sei e o que eu quero fazer? Essas são três perguntas básicas para quem realmente quer mudar algo em 2026. Quem não dá o passo seguinte nunca terá a certeza se aquilo vai acontecer bem ou mal. O importante é dar o passo seguinte, claro, dentro da possibilidade, da honestidade, da legalidade (não é sair por aí dando ‘tiro’ para todo lado”.
O médico citou, ainda, que o brasileiro terá que ter coragem para enfrentar fatos alheios à sua vontade. “É preciso um pouco de prudência, claro. Não se pode pular num vale escuro e ver no que vai dar. Hoje o país não possui seguranças técnica, jurídica, financeira e isso pesa muito sobre o cidadão, gera incerteza, impotência e, por vezes, afasta a coragem. É preciso avaliar as variáveis. Mas, Deus deu ao homem algo muito especial: a inteligência. Por isso eu digo: ‘use sua inteligência. Quem dela não fizer uso vai se arrepender’ – acredito que essa seja a frase do próximo ano”.
E como o Dr. Teixeira está terminando o ano e pretende iniciar 2026? “Termino mais um ano feliz por estar aqui, pensando, agindo, trabalhando. Não há mais o que pedir, somente agradecer: pela vida, pela família, pela união. Poucos dias atrás, em nossa reunião anual dos familiares, fiz apenas um pedido: que depois que não estivermos aqui, que continuem a promover esses encontros, unidos. Que a casa dos avós não se feche. Continuem!”.
Ele finalizou desejando que cada um “faça” com que o novo ano realmente seja bom, ao menos para si e para a família e aos que se amam.





