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Gruta de N. Sra. de Lourdes no Colégio Santa Inês foi inspirada na de Massabielle, na França

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Local de orações foi um sonho idealizado pela da Madre Maria Angélica de Medeiros e compartilhado pelas Irmãs da Congregação

Reportagem e texto: Natália Tiezzi Manetta

Dentre as tantas maravilhas de Sã José do Rio Pardo, uma delas, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, nas dependências do Colégio Santa Inês, possui uma história curiosa e muito bonita. Quem a contou para a reportagem foi a Irmã Maria Antônia Oliveira, que, inclusive acompanhou a construção da gruta, que levou 10 anos até sua conclusão.

“Toda a construção da gruta foi sonhada e idealizada pela Madre Maria Angélica de Medeiros, que residiu por mais de 30 anos na Itália e teve a oportunidade de conhecer a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes em Massabielle, em Lourdes, na França. Quando regressou ao Brasil seu grande sonho era construir uma réplica dessa gruta aqui neste espaço, cujo prédio ainda era utilizado para Formação”, contou Irmã Maria Antônia.

A Gruta começou a ser construída em meados de 1986 e foi concluída em 1996. “A construção foi feita pelo pai do Cônego João Antônio Darcie, que era pedreiro. Ele a construiu exatamente com base na gruta francesa, inclusive o detalhe da água corrente no chão. Como consta, a menina Bernadete, com muita tosse e sedenta, viu a imagem de Nossa Senhora de Lourdes que lhe indicou onde cavar para encontrar água. Ao cavar, Bernadete encontrou uma nascente que nunca mais parou de jorrar água. Desde então milhares de fiéis, inclusive enfermos, visitam a gruta em Massabielle”.

A inauguração da gruta no colégio contou com uma missa celebrada pelo então bispo da diocese de São João da Boa Vista, Dom Tomás Vaquero. “Recordo-me que desta missa também participaram outros párocos como Dom Orani Tempesta, Dom Emilson, Padre Denizar Coelho, entre outros. Além de um local de oração das Irmãs da Congregação, bem como de missas, que contavam com a participação de muitos fiéis”.

Irmã Maria Antônia explicou que na gruta a água que corria pelo chão aos pés da imagem de Bernadete passava por um filtro e durante muitos anos fiéis buscavam essa água tida como abençoada. “Anos atrás tivemos que desativar essa água corrente por conta do perigo da Dengue para evitar o acúmulo de água e um possível criadouro”.

DE PEDRA EM PEDRA

Além do sistema de água, outro fato que chama a atenção sobre a construção da Gruta são as pedras que a formam. De acordo com a Irmã Maria Antônia elas foram carregadas pelo grupo de jovens moças que estavam em Formação com a Madre Maria Angélica. “As pedras vieram de uma propriedade chamada ‘Betânia’, localizada no Beira Rio. E foram cerca de 20 jovens que trouxeram cada uma delas aqui para dentro do colégio para que a Gruta fosse construída”, disse.

Para irmã Maria Antônia o sonho de Irmã Angélica foi partilhado por todas na Congregação. “Irmã Maria Angélica era muito dinâmica e nós aprendemos muito mais do que os ensinamentos religiosos com ela. Aprendemos a acreditar, lutar e idealizar nossos sonhos. Essa gruta foi um sonho dela, que abraçamos e ajudamos a torna-lo realidade”.

A imagem de Nossa Senhora de Lourdes, do lado de fora da gruta, também é idêntica ao que é encontrada na gruta francesa. “Me lembro quando a imagem chegou aqui, vinda de São Paulo. Foi uma alegria inenarrável quando ela foi colocada ali. Todas nós ficamos muito emocionadas naquele dia. Para mim foi um dos momentos mais marcantes relativos à construção”.

Embora atualmente não aconteçam mais missas abertas ao público, as Irmãs da Congregação ainda apresentam o local às crianças do Colégio Santa Inês, onde, por diversas vezes, acontecem encontros à oração.

Ao lado esquerdo da foto é possível ver o pequeno filtro, em meio às pedras, que filtrava a água que passava aos pés da imagem de Bernadete, no interior da gruta
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