COMÉRCIO

Gi Massas: das dificuldades à oportunidade de empreender

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Na vida é preciso passarmos por mudanças para evoluirmos, isso é fato. E, muitas vezes, nas dificuldades enxergamos aquela oportunidade de mudar e melhorar nossa vida. Foi exatamente isso que aconteceu com a empresária Gisele Aparecida Guedes da Silva, proprietária há 10 anos da Gi Massas, uma das empresas mais requisitadas no ramo de massas em São José e região.

Mas Gi, como é conhecida por todos, demorou e teve até medo dessas mudanças que a vida lhe impôs, entretanto superou os problemas colocando seu dom em prática, com muita persistência e o apoio incondicional da família.

O receio da mudança se tornou empreendedorismo. Além de sua força de vontade e ajuda dos familiares, Gi destacou que sempre buscou e contou com o apoio do Sebrae, seu outro grande parceiro para aprimorar o negócio. Conheçam mais sobre essa guerreira, moradora do Vale Redentor, com muito orgulho, na entrevista abaixo.

Minhasaojose: Gi, o que lhe motivou a abrir seu próprio negócio?

Gi: Na verdade foi o meu filho. Ter o meu próprio negócio fez com que eu pudesse ficar mais tempo com ele. Antes de começar a Gi Massas trabalhei por 16 anos em uma confecção durante o dia e, após às 18h00, prestei serviços para um restaurante por seis anos. Era muito corrido e meu filho menor era muito pequeno para ficar longe de mim praticamente o dia inteiro, e ele sentiu isso. A partir daí saí da confecção e fiquei só com o trabalho no restaurante, porém o salário não estava dando para suprir a casa, mesmo juntando com o salário do meu marido Davi. Eram duas crianças e dois adultos…

Você teve algum incentivo para essa mudança na vida profissional?

Vou te confessar uma coisa: o primeiro incentivo que tive foi durante o programa do Luciano Huck, no quadro onde ele incentivava uma mulher a ter seu próprio negócio de salgados. Aquilo foi uma luz para mim. Desde aquele dia comecei a pensar na possibilidade de abrir minha casa de massas. Além disso, o trabalho no restaurante também estava difícil e isso foi mais um incentivo para eu mudar de vida! Quando falei da ideia para minha família, minha mãe e meu marido já apoiaram e continuam me apoiando até hoje.

Em algum momento você sentiu medo de sua idéia não dar certo?

Sim… Comprei o cilindro de massas e demorei uns cinco meses para começar a usá-lo. E comecei porque meu marido, que à época trabalhava na Nestlé, falou que eu estava fazendo massas para vender e chegou em casa com uma lista enorme de pedidos. O medo ficou para trás… Não tive como adiar mais nada e coloquei a mão na massa! E o melhor: pude ficar mais tempo com meu filho, participar mais da vida dele, fazer meus horários de trabalho, enfim, foi uma mudança muito positiva em minha vida.

Você buscou qualificação?

Sempre busquei aprimorar meus conhecimentos e também a área administrativa da empresa, que não sabia nada. O Sebrae aqui de Rio Pardo me ajudou muito em ambas as áreas. Fiz diversos cursos, todos gratuitos, e se hoje estou onde estou devo muito ao Sebrae.

A Gi Massas completou 10 anos. A empresa passou por algum momento difícil neste período?

Os cinco primeiros anos são os mais difíceis. Mas o incentivo da minha família, do Sebrae e minha força de vontade superaram e superam tudo. Acredito que o mais difícil foi a aquisição do maquinário, que é muito caro, mas a produção foi crescendo e a empresa precisava acompanhar esse crescimento. Além disso tive que adaptar um espaço da minha casa para abrigar a cozinha para o preparo das massas. Segui todos os padrões determinados pela Vigilância Sanitária, aliás, construí praticamente um cômodo comercial com cozinha, mas graças a Deus tudo deu certo.

Onde a empresa comercializa as massas?

Além daqui mesmo, no Vale Redentor II, onde além da massa congelada também montamos diretamente no refratário conforme pedido do cliente, fornecemos para buffets, algumas padarias, além das encomendas, as quais entregamos em domicílio. Temos muitos clientes da região e tenho orgulho em dizer que a Gi Massas já foi para Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro e até para Belém do Pará.

Qual foi a maior quantia produzida até o momento?

Acho que foi nesse final de ano. Foram 1.100 quilos de massas produzidos. Trabalhei muitos dias das 4h30 às 22h00… Mas não tenho o que reclamar: nada como ver a satisfação dos nossos clientes.

Quantos tipos de massa a empresa produz e qual o ‘carro-chefe’ de vendas?

São mais de 15 tipos de massas e inúmeros recheios. Também preparamos molhos para comercialização. Além disso sempre colocamos em prática alguma combinação nova para os recheios, com sugestões de nossos clientes. O carro-chefe acho que são dois: Rondelli de presunto e queijo e o Capeletti de carne.

Você já atendeu algum pedido inusitado de clientes?

Sim e um deles foi desafiador: uma cliente pediu mini-capelettis para serem servidos em uma sopa. Ajustamos as máquinas, tentamos daqui e dali e, finalmente, conseguimos entregar o pedido, que foi um sucesso.

E quem trabalha junto com você?

Posso dizer que a Gi Massas é uma empresa familiar. Trabalhamos eu, meu marido, que também deixou a Nestlé para me ajudar, principalmente nas entregas, meu filho e uma moça que faz trabalho freelance.

Para finalizar, o que a Gi Massas pretende para o futuro?

Gostaria de investir sempre em maquinários, além de aumentar o espaço para produção e vendas para atender cada vez melhor nossos clientes, mas pretendo ficar aqui no Vale Redentor mesmo. E, se Deus quiser, incentivar meu filho a fazer cursos e se aprimorar, pois queria   que ele continuasse aqui conosco.

Serviço

Gi Massas: rua Henrique Trinca, 106, Vale Redentor II

Aberto de terça a sábado, das 9h00 às 18h00. Aos domingos, das 9h00 às 12h00.

Contatos: 3681-4344. Whatsapp: 9-9176-3102

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