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Estiagem prejudica lavoura e contribui para o aumento dos preços de vários alimentos

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Falta de chuva, ou pouca quantidade dela, queimadas constantes e calor intenso. Todos esses fatores causaram um solo seco que prejudicou o começo do plantio dos agricultores rio-pardenses. Com pouco alimento no atacado, os preços estão subindo no varejo. A Casa da Agricultura emitiu um alerta sobre a redução drástica de água em toda a área rural. A diminuição a cada ano no subsolo está colocando em risco a sobrevivência do produtor.

Os açudes que armazenam água para ajudar a irrigar as plantações estão secando. De acordo com o zootecnista e técnico da Casa da Agricultura, Rodrigo Vieira de Morais, essa situação reflete nas plantações. “O alerta foi emitido porque a gente percebeu que a redução está começando a comprometer o produtor rural. Se o produtor rural não fizer ação nenhuma, de mitigar isso daí, nos próximos 10 anos, pode acontecer das propriedades rurais ficarem sem água e inviabilizar a atividade rural. Inviabilizar a permanência da pessoa na área rural”, afirmou Morais.

Para amenizar a situação, ele ressalta que mais de uma ação deve ser feita sem as chuvas mais constantes. “Nos topos de morros, manter a vegetação. Nas áreas de cultivo, fazer curva de nível e cacimba, para você aumentar a permeabilidade da água no solo, para abastecer essas minas. Então, você faz isso de cima para baixo, porque a gente tem a força da gravidade, que a água vai descendo, né? Então, você segura em cima, vai diminuindo a velocidade de queda da água e você vai segurando essa água na sua propriedade”, disse o zootecnista.

Zootecnista destacou a importância da preservação das vegetações nos topos dos morros e afirmou que se o agricultor não promover ações poderá ver sua propriedade ficar sem água nos próximos anos

PLANTAÇÃO ADIADA

O agricultor Mario Pereira da Silva tem uma área de 35 hectares e estava ansioso para plantar soja no sitio dele. Porém, neste ano ainda não conseguiu por um motivo, a estiagem. “Nós estamos aguardando a chegada da chuva, porque precisa de mais umidade para poder a planta germinar e sair uma planta mais vigorosa” explicou da Silva.

O agricultor explica que é a falta de chuva é prejudicial para a plantação, já que sem a água no subsolo, a lavoura não consegue se desenvolver. Segundo ele, pode até ser usado um sistema de irrigação artificial, mas não é suficiente para toda a plantação. “Vamos dizer assim: toda semana [precisa] chover. Aquela chuva mansa, serena, que possa cair na terra, penetrar e molhar. Plantar com a terra assim seca não dá. Você tem que fazer a irrigação completa ou então é melhor esperar, porque se você faz o plantio, dá uma regada e a água não dá, você corre o risco de perder o plantio”, disse o agricultor.

O comprador de frutas, Paulo Rubens Zuli, faz negócios em vários mercados da cidade. Ele conta que está enfrentando uma situação diferente agora. “Estou até comprando um pouco menos, pela falta de chuva, porque os produtores reduziram o plantio. Deu pouco na roça, vai subir no mercado. Cada dia o produtor está pedindo um valor mais alto, pela falta de mercadoria”, explicou Zuli.

O comprador conta que está angustiado nos últimos dias e para não ficar sem trabalho está se desdobrando. Ele diz que o quer de verdade é a chuva. “Tem que rodar o Brasil inteiro, aonde tem os produtores que plantam. Tem uns também que estão fornecendo sementes para outros produtores, para que não falte, mas, a cada dia que passa, está complicando mais”, disse o comprador.

Todos esperam que as chuvas realmente cheguem e em quantidade satisfatória para, ao menos, poderem preparar a terra ao plantio.

Zulli explicou que alguns produtores reduziram o plantio e que já há falta de algumas mercadorias, o que vem elevando seus valores

Com informações do G1 São Carlos. Fotos Paulo Chiari/EPTV

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