Dia do Advogado: Dr. Rubens Lobato Pinheiro Neto destaca os mais de 13 anos de carreira
Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Em alusão do Dia do Advogado, comemorado em 11 de agosto, o site e jornal online Minha São José homenageia os profissionais do Direito através do Dr. Rubens Lobato Pinheiro Neto que falou sobre os mais de 13 anos de carreira.
Embora esteja vereador, ‘Rubinho’, como é popularmente conhecido, destacou a paixão pelo Direito, profissão que foi incentivada pelo pai, bem como pelo avô paterno.
Ao longo da entrevista, ele, que é graduado desde 2012 pela Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, observou peculiaridades do cotidiano da profissão, inclusive mencionando alguns casos especiais, e a satisfação em auxiliar as pessoas através de seus conhecimentos e atuação.
Dr. Rubinho frisou, ainda, que ser um bom advogado “é, em primeiro lugar, tratar bem seu cliente. Ouvir suas aflições, dar a pessoa que está à sua frente a devida atenção, já que ela esta ali por um problema que espera ser resolvido”.
Ele também deixou uma mensagem aos futuros advogados. “O começo não é fácil. Mas quando você persevera e mostra seu potencial, você conquista”.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Minha São José: Dr. Rubinho, por que optou pela Advocacia? Você teve alguma influência familiar ou de amigos?
Dr. Rubens Lobato Pinheiro Neto: Eu sempre gostei muito de Humanas na escola. Matemática e Física nunca foram meu forte (risos). Desta forma, me interessei nos cursos de Jornalismo, História e Direito. Acabei escolhendo o Direito por entender que ele seria um curso mais abrangente. E, de fato, acertei. Logo no início do curso tive aulas de Sociologia, Filosofia, Redação, entre outras matérias. Afora que os Direitos (que estudamos) contemplam todas as relações humanas que temos (desde uma questão tributária até uma relação entre um fornecedor e um consumidor). Em relação à influência, tive sim: Meu pai foi um grande incentivador. Apesar dele ser médico veterinário, atuou com perícias judiciais e acabou tendo contato prático com o Direito. Gostou e me incentivou. Ainda bem que eu o ouvi. Meu avô paterno também se formou em Direito, apesar de não ter atuado.
Quando começou a exercer e quais são suas especialidades no Direito?
Comecei a ter contato prático com o Direito desde o primeiro semestre, nos estágios que realizei. Como advogado comecei os trabalhos em 2012 mesmo, logo após o término do curso. Em 2013 recebi uma proposta de um escritório de São José e voltei. Atuo nas áreas do Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito de Família e Sucessões e Direito Empresarial.

O que é o melhor e o que é o pior nesta profissão?
O melhor é auxiliar as pessoas em suas demandas. Conseguir resolver uma situação difícil através de uma tese jurídica acolhida pelo Judiciário e por consequência ver a alegria e a emoção do cliente no final do dia. O pior hoje, infelizmente, é a demora nas resoluções dos processos. O Judiciário está com muitas ações judiciais, sobrecarregando os juízes e os servidores, o que atrapalha o andamento dos processos.
Há algum caso que tenha te marcado ou emocionado nestes anos de carreira?
Existem alguns casos muito interessantes e que me marcaram muito. Em um deles consegui a cobertura de um seguro habitacional a uma senhora que não tinha mais condições de pagar sua casa e ia perdê-la. Ela já havia tentado este seguro e não obtido êxito. Entramos com a ação e como ela possuía um problema de saúde, demonstramos esta situação através de uma perícia médica e obtivemos êxito na demanda. A questão jurídica não era tão complexa mas vê-la se emocionar quando eu entreguei o termo de quitação do imóvel a ela foi inesquecível. Outro caso muito marcante também foi quando realizei uma sustentação oral no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e reverti uma sentença em um caso de franquia, defendendo o franqueado. Foi a primeira derrota judicial da franquia (que é bem conhecida nacionalmente). Depois disso recebi ligações de franqueados do país inteiro. Virou até notícia em portais jurídicos. Este caso foi bem marcante também. Outra questão interessantíssima foi a de conseguir a devolução de um papagaio que estava na família há muitos anos e de forma equivocada foi apreendido. Consegui uma liminar no Tribunal de Justiça após a negativa em primeiro grau. Quando o papagaio voltou para a família foi uma alegria imensa! Das pessoas e do papagaio que não parava de falar! (risos). Estes foram alguns, mas existem muitos outros casos marcantes.
E o que é ser um bom advogado?
Ser um bom advogado é, em primeiro lugar, tratar bem seu cliente. Ouvir suas aflições, dar a pessoa que está à sua frente a devida atenção, já que ela esta ali por um problema que ela espera ser resolvido. Orientar o seu cliente de forma responsável é outro ato de um bom advogado. Às vezes a judicialização não é o melhor caminho. E, claro, estudar muito. Ficar por dentro da jurisprudência e das tendências relacionadas ao caso que você vai tratar.
Como é o Rubinho advogado
O Rubinho advogado é a mesma pessoa que todos conhecem. Um profissional que gosta de ouvir, de dar a atenção a quem está relatando um problema e buscando uma resolução. O Rubinho advogado também procura ser extremamente diligente com seus casos e busca, mesmo em situações difíceis, algo inovador e que seja aplicável à demanda em litígio. Gosto também de novos desafios em relação às matérias que trabalho. Casos mais complexos me tiram da zona de conforto e isso me torna melhor profissional.
Por que o Direito ainda é uma carreira tão almejada pelos jovens?
Creio que pela magnitude do Direito. É um curso muito amplo que pode abarcar uma discussão internacional envolvendo um litígio entre uma empresa de fora do país e uma empresa nacional, onde você terá a oportunidade até mesmo de conhecer um outro país ou mesmo um processo de adoção de uma criança, onde você terá um envolvimento com uma questão familiar e pode ser o instrumento para que esta família cresça. São muitas áreas, muitas matérias correlatas na área de Humanas e mesmo as Exatas acabam aparecendo em cálculos de atualização de valores judiciais, questões tributárias, enfim. Direito é sensacional. Recomendo!

Você tem noção de quantos processos já trabalhou e venceu?
Essa pergunta é um pouco difícil. Existe um site chamado Jusbrasil que contabiliza os processos que estão vinculados ao seu nome. Lá estão contabilizados 1533 processos. Mas, em muitas situações, temos outros advogados que trabalham em conjunto conosco. Então é difícil fazer esta contagem exata. Em relação às demandas vencidas. Também é complicado esta aferição, pois existem demandas onde fazemos mais de dois, três pedidos e às vezes conseguimos conquistar um. Neste caso chamamos de parcial procedência da demanda. Ou seja, ganhamos parte dela. Mas graças a Deus temos muitos êxitos no escritório.
Advogar ou verear? Qual é o mais difícil?
Amo os dois. Mas verear é mais complicado: pela limitação legislativa que temos em inúmeras situações, pela pressão existente na resolução dos problemas da população e por não conseguirmos estar presentes em todos os momentos.
Para finalizar, gostaria que deixasse uma frase aos futuros advogados.
Gostaria de deixar um abraço a todos os novos advogados. Sejam resilientes. O começo não é fácil. Mas quando você persevera e mostra seu potencial, você conquista.