Mãe aos 40: Tuca Dassan fala da 1ª gravidez e os motivos que adiaram a maternidade

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas. Nos despedimos de 2020 com uma entrevista muito especial, abordando um tema cada vez mais recorrente nas famílias deste século: a gravidez tardia, após os 35 anos. Os fatores que levam os casais a adiarem a maternidade são inúmeros, mas, geralmente, é uma decisão da mulher, como é o caso da nossa entrevistada e mamãe de primeira viagem Giovana Dassan de Oliveira, a Tuca, que tem 40 anos.

Ser mãe, que é o sonho de muitas mulheres nunca foi o dela. Tuca preferiu colocar a carreira profissional em primeiro lugar na sua vida. “Esse ano completei 26 anos de Dança, me estabilizei na profissão e este filho, ou melhor, filha, nossa Ayla, chegará na hora certa, no momento mais especial de minha vida. Com relação à carreira, já conquistei inúmeras coisas que eu queria, mas, realmente faltava um filho”, disse.

Embora a profissão tenha sido prioridade em sua vida, Tuca confessou que o relógio biológico da maternidade lhe despertou algumas vezes. “Eu tinha vontade ser mãe, mas isso realmente nunca foi minha prioridade. Mas, claro, algumas vezes pensava como seria a maternidade, eu como mãe, enfim, mas naquelas vezes ainda não era o momento certo. Esse momento chegou agora e estou dividindo com uma pessoa muito especial, meu namorado Edson Artese Filho, o Edinho, que tem 46 anos”.

Tuca explicou que a gravidez não foi planejada. “Foi uma grande e maravilhosa surpresa. Como eu disse, foi no momento certo. Claro que levei um susto, assim como o Edinho, alguns familiares, pois realmente não planejamos um filho. E eu também fiquei um pouco preocupada por conta da minha idade”.

Por falar nisso, desde que soube da gravidez, Tuca procurou um médico para iniciar o pré natal e acompanha-la. “Fiz todos os exames necessários e minha saúde está ótima. Minha médica está me orientando muito bem e ela disse que a prática de atividade física me ajudou muito a ter uma gestação tranquila mesmo aos 40 anos. Até nisso a Dança me ajudou. Pena que não estou podendo dançar nestes meses!”.

PRECONCEITO, MEDOS, PREOCUPAÇÕES

Ela disse ainda que sofreu um pouco de preconceito quando disse que estava grávida. “Algumas pessoas realmente parece que se assustaram. Pensam que gravidez é doença e não é. Acho que muitas nem foi muito preconceito. É que elas estavam acostumadas com a Tuca dançando, como profissional e acho que nunca passou pela cabeça delas eu grávida, mãe”.

Sobre medos e preocupações, inclusive após o nascimento de Ayla, Tuca relatou alguns. “Serei mãe de primeira viagem e acho que dá um pouco de medo mesmo. Acho que a Tuca mãe será ‘com a cara e a coragem’. Terei que aprender a ser mãe, mas sei que poderei contar com o Edinho, com nossas famílias, enfim, estamos cercados de pessoas que nos amam e já amam muito nossa filha também”.

Questionada se sente-se mais preparada hoje para ser mãe do que a 10 anos atrás, ela foi enfática. “Com toda certeza. Como disse, minha carreira está estabilizada, conquistei tudo que queria e poderei me dedicar à maternidade plenamente. Aos 40 anos a mente é diferente de uma pessoa de 25, 30 anos. Claro que será mais um desafio, mas o mais prazeroso da minha vida”.

Mas, e a Dança? Tuca disse que pretende voltar a dançar, ministrar suas aulas e ter novamente seu espaço, o Dança Comigo, assim que puder. “Além de cuidar da minha filha, é claro que também quero voltar a dançar, dar aulas. A Dança também é minha vida. E voltarei com uma companhia muito especial, da Ayla. Fico imaginando ela dançando comigo…”.

Para finalizar, Tuca disse que apoia a decisão de mulheres que preferem a maternidade tardia. “No meu caso aconteceu sem planejar e na melhor hora para mim e para o Edinho. Acho que as mulheres devem ser mães quando elas decidirem e se essa decisão for aos 35, 40 anos, que assim seja. Porém, elas devem ficar atentas à saúde, fazer o pré natal direitinho, seguir todas as orientações médicas para não correrem riscos. A maternidade, seja qual for a idade, sempre será uma bênção para qualquer família”, concluiu.