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Dra. Marina Molina de Souza e a promissora carreira na Geriatria: “A população está envelhecendo”

Dra. Marina concentra seus atendimentos em consultório próprio e nos Centros de Especialidades Médicas daqui e de Vargem Grande do Sul

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas e leitores. Vocês já devem ter ouvido falar que a população mundial está envelhecendo. Sim, isso é um fato. E no Brasil não é diferente. Vocês já se perguntaram quem vai assistir a todos estes idosos nas próximas décadas?

Profissionais da Saúde já são e serão ainda mais essenciais para cuidar de uma sociedade que, num futuro próximo, é possível que tenha mais idosos do que jovens em muitos países.

E uma das ‘profissões do futuro’, sem dúvida, é a Geriatria. Uma área da Medicina que visa os cuidados com a população idosa, sendo que seu principal objetivo é proporcionar um envelhecimento saudável, para que o adulto tenha uma velhice com o máximo de autonomia e funcionalidade, respeitando os limites e desejos do paciente.

Para falar um pouco sobre essa profissão, o www.minhasaojose.com.br entrevistou a rio-pardense e Geriatra Dra. Marina Pizani Molina de Souza, que atende pacientes aqui na cidade desde 2020.

Ela contou os motivos que levaram a optar pela Geriatria, algumas histórias que a marcaram na área médica, bem como os espaços onde atua, que não são somente em Rio Pardo, mas também em Vargem Grande do Sul.

Dra. Marina também concorda que a Geriatria é uma profissão promissora para um futuro próximo. Ela deixou uma mensagem de incentivo aos estudantes de Medicina que pretendem optar pela especialização na área.

“Temos muitos desafios, pois lidamos com diagnósticos difíceis, inclusive mudanças completas de rotinas familiares, a depender da doença, mas tudo isso vale a pena”, observou.

Um registro da formatura: Marina cursou Medicina na Universidade São Francisco- USF, de Bragança Paulista

Confira, abaixo, a matéria na íntegra.

Minha São José: Dra. Marina conte sua a graduação e seus cursos após concluir a faculdade.

Dra. Marina P. M. de Souza: Sou graduada em Medicina pela Universidade São Francisco- USF, de Bragança Paulista, possuo pós graduação pelo IBCMED em Geriatria e Gerontologia.

Por que optou pela Medicina e quando decidiu seguir a Geriatria?

Já pequena brincava que era médica e o desejo em seguir essa profissão foi aumentando conforme via pessoas do meu convívio se tornarem profissionais de excelência. Quando acabei a graduação e entrei para o mercado de trabalho, a Geriatria me encontrou. Comecei a atender em postos de saúde, plantões e os pacientes que me procuravam eram sempre mais idosos. Senti que precisava me aprofundar na atenção a eles, saber mais sobre suas peculiaridades, e foi aí que decidi pela Geriatria. 

Dra. Marina, quando e onde iniciou seus atendimentos? E onde trabalha atualmente?

Antes de terminar minha especialização trabalhei em algumas cidades da região. Em 2020, após conclui-la, comecei a atender na Geriatria do SUS daqui e também de Vargem Grande do Sul. Também centralizei meus atendimentos em consultório particular, junto com meu marido, sogro e cunhado médicos, na Prima Centro Clínico. Hoje, além do consultório, atuo no Centro de Especialidades Médicas daqui e de Vargem Grande do Sul, e tenho uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (moradia de idosos e creche para idosos), a Casa Jardim, também aqui em Rio Pardo.

Dizem que a Geriatria é uma das especialidades do futuro na Medicina. A Dra. concorda?

A população mundial está envelhecendo e com isso os profissionais que cuidam desses idosos terão cada vez mais procura. Hoje, no Brasil, contamos com mais de 30 milhões de idosos e a tendência é aumentar. Então, acredito, sim, que seja uma área promissora.

“Vamos precisar cada vez mais de Geriatras. É uma área que traz desafios, mas que vale a pena!”

Você tem alguma história marcante, curiosa, na profissão que possa compartilhar?

Cada semana temos pacientes que nos ensinam e nos marcam, com certeza. Uma melhora gradual, um choro que vira sorriso, uma conversa que se torna uma amizade. A medicina em si nos surpreende, ela não é uma ciência exata. Já tive paciente com Parkinson que não andava e voltou a andar, com uma equipe multiprofissional, claro. Histórias que sempre nos marcam são aquelas que fogem do comum, como um diagnóstico de Alzheimer precoce, por exemplo.

Qual a principal lição que aprendeu com essa profissão?

O que mais aprendi com minha profissão foi a ter empatia, se colocar no lugar do outro, tentar entender o sofrimento e a angústia que aquele paciente está sentindo e o porque ele procurou seu atendimento.

E o que é ser um bom Geriatra?

O bom Geriatra é aquele que olha para seu paciente como um todo, que escuta o que esse idoso tem para falar; que olhe para eles e conversem sobre suas dores, angústias e consiga, assim, criar um elo médico-paciente, que torna qualquer tratamento mais eficaz, e passa segurança e confiança.

Para finalizar, o que diria para os estudantes de Medicina que pretendem seguir a Geriatria?

Vamos precisar cada vez mais de Geriatras. É uma área que traz desafios, pois lidamos com diagnósticos difíceis, inclusive no sentido de mudar toda a rotina de uma família, como, por exemplo a Demência de Alzheimer, mas é uma carreira que vale a pena!

A médica também possui e atua na Casa Jardim – Instituição de Longa Permanência de Idosos

O www.minhasaojose.com.br aproveita a oportunidade para parabenizar a Dra. Marina e demais profissionais pela data de 16 de maio, Dia do Geriatra!

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