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Crianças e Tukkong: Arte que vai muito além da Defesa Pessoal

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O Mestre João Marin e parte de seus alunos mirins durante aula de Tukkong na AAR

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Quando se fala em Tukkong – Defesa Pessoal, logo se imagina o aprendizado de técnicas e golpes para se defender, principalmente diante de uma sociedade cada vez mais violenta.

E não é à toa a crescente procura por esta arte marcial entre as crianças, já que os pais também estão enxergando os benefícios do Tukkog não apenas como aprendizado para os pequenos se defenderem desde cedo, mas como um esporte que, realmente, vai muito além da defesa pessoal.

Para entender um pouco mais sobre essa relação positiva e muito benéfica à saúde física e mental entre as crianças e o Tukkong, o www.minhasaojose.com.br conversou com o Mestre João Marin, que é faixa preta 4º Dan de Hapkido e ministra aulas desde 2007 em sua academia, a X Tatame, sendo em Rio Pardo, São Sebastião da Grama e Casa Branca, e mais recentemente na Associação Atlética Riopardense.

“O Tukkong é um sistema de defesa pessoal coreano que as crianças podem e devem começar a praticar aos 7, 8 anos. As técnicas auxiliam no desenvolvimento e aprimoramento das habilidades motoras, da bilateralidade, além, é claro, de toda prática da defesa pessoal, de grande importância atualmente, desmistificando a ideia errada que muitos ainda fazem que a arte marcial ensina a ‘bater’, mas sim a se defender diante de uma situação de risco”, explicou João.

Aprendizado mútuo: Graduados orientando os novatos

As vantagens de começar desde criança a praticar uma arte marcial também são com relação ao equilíbrio, força, disciplina e respeito, principalmente dos menos experientes no esporte junto aos mais graduados.

“Não facilito para ninguém nas aulas e os mais graduados treinam juntamente com as crianças que estão começando. E isso gera atenção, percepção e respeito dos pequenos com os que já têm anos de dedicação ao Tukkong, bem como estimulam os graduados a observarem os mais jovens e orientarem de novas formas sobre as técnicas utilizadas, complementando e aprimorando os treinos, ou seja, os benefícios são para todos”, destacou.

O Mestre observou, ainda, a satisfação em notar treino após treino o desenvolvimento das crianças. “Acredito que ver meus alunos, principalmente as crianças, se dedicando, aprendendo e colocando em prática as técnicas aprendidas no tatame seja uma das maiores satisfações. A vontade de aprender na criança é nítida e gera ação e é muito gostoso ensinar àqueles que querem aprender, não importa quantas vezes a técnica tenha que ser repetida”.

Atualmente, João possui cerca de 20 alunos na faixa etária entre 7 e 12 anos e os treinos na X Tatame acontecem às segundas e quintas-feiras, das 19h00 às 21h00, à Avenida Bela Vista, 1420, na Vila Formosa. Já na AAR, as aulas são direcionadas aos associados e promovidas nas manhãs de sábado.

As técnicas auxiliam no desenvolvimento e aprimoramento das habilidades motoras, da bilateralidade, além do equilíbrio, força, disciplina e respeito

“Digo sempre que no Tukkong como em qualquer arte marcial o aprendizado é mútuo, já que ensinar, no caso dos mais graduados, é a melhor forma de aprender. Além disso é notável a confiança e o exemplo que as crianças têm nos mais experientes, pois eles dispõem atenção aos pequenos e também aprendem muito junto a eles”.

Para finalizar, o Mestre João Marin incentivou os pais a também incentivarem as crianças à prática da Defesa Pessoal. “Além de tudo isso que destacamos aqui, o que se aprende num tatame é para a vida e muitas vezes auxilia na definição de padrões que serão seguidos pelo cidadão durante toda a sua existência, contribuindo de forma positiva para suas ações perante à sociedade”, concluiu.

A vontade de aprender na criança é nítida e gera ação e é muito gostoso ensinar àqueles que querem aprender, não importa quantas vezes a técnica tenha que ser repetida”, concluiu João
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