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“A Vida é a Melhor Escolha”: Psicólogo Henrique Botteon abordou tema em alusão à Campanha Setembro Amarelo

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Texto: Natália Tiezzi – Assessoria Parlamentar da Câmara Municipal

Na noite de quinta-feira, 28, o Programa Escola do Legislativo “Cidade Livre do Rio Pardo” recebeu o psicólogo Ângelo Henrique Botteon para palestrar acerca do tema “A Vida é a Melhor Escolha”, em alusão à Campanha Setembro Amarelo, que objetiva a prevenção ao suicídio.

O convidado, que é psicólogo especialista em Psicologia Clínica, Saúde Mental, Educação em Saúde do Campo, e atua como coordenador do PEVI – Projeto Esperança e Vida há sete anos foi recebido em Plenário pelos diretores geral e executivo do Programa, vereador professor Rafael Kocian e Matheus Schiavon, respectivamente.

Além dos internautas que acompanharam a palestra ao vivo pela Internet, estiveram presentes na Câmara a gestora de assistência à Saúde, enfermeira Amanda da Silva Elisei, representando a Pasta Municipal, alunos do 1º ano do Curso Técnico de Enfermagem da Fundação Educacional e do Ensino Médio da PEI E.E. Dr. Cândido Rodrigues.

Henrique destacou que falar sobre suicídio ainda é tabu na sociedade. “Precisamos quebrar esse tabu de forma responsável, ou seja, não é simplesmente falar sobre suicídio, mas abordar corretamente sobre a prevenção”.

Ele elogiou a iniciativa da Escola do Legislativo em abrir espaço para abordagem deste e de outros temas relevantes à sociedade, sendo uma excelente oportunidade para o conhecimento, a informação e o debate.

“Precisamos quebrar esse tabu de forma responsável, ou seja, não é simplesmente falar sobre suicídio, mas abordar corretamente sobre a prevenção”, destacou Botteon

A DOR: FATORES DE RISCO, SINAIS DE ALERTA E REDE DE APOIO

Um dos apontamentos que o psicólogo fez durante a explanação foi que a pessoa que tenta o suicídio não quer acabar com a vida, mas com a dor que sente, sendo essa causada por inúmeros motivos.

“Eu prefiro estar morto. Eu não posso fazer nada. Essa é uma expressão muito forte de pessoas que sofrem a dor e que têm transtornos mentais que podem levar ao suicídio, inclusive estes são considerados fatores de risco”, observou.

Sobre outros fatores de risco à prática, Henrique destacou a história de tentativas de suicídio ou autoagressão; suicídio na família; Bullying; situação atual ou anterior de violência intra ou extrafamiliar; história de abuso sexual; baixa autoestima; uso de álcool e outras drogas; populações que estão mais vulneráveis a pressões sociais e discriminação.

“É muito importante que nós conheçamos alguns destes fatores para auxiliar essas pessoas e, claro, ouvir quando um amigo, uma amiga, um familiar nos procura para ‘desabafar’. E quando eles parecerem mais chato é quando eles mais precisam de nós”, destacou.

O psicólogo também chamou a atenção para os sinais de alerta, que geralmente podem ser notados em pessoas que possam cometer o ato suicida, entre elas a expressão de ideias ou de intenções suicidas; diminuição ou ausência de autocuidado; mudanças na alimentação e/ ou hábitos de sono; uso abusivo de drogas/álcool; alterações nos níveis de atividade ou de humor; crescente isolamento de amigos/família; diminuição do rendimento escolar; autoagressão; mudanças no vestuário para cobrir partes do corpo, por exemplo, vestindo blusas de manga comprida; relutância em participar de atividades físicas anteriormente apreciadas, particularmente aquelas que envolvem o uso de shorts ou roupas de banho, por exemplo.

Palestra contou com a presença de alunos da Escola “Dr. Cândido Rodrigues” e Fundação Educacional

“Notar essas mudanças de comportamento é fundamental, pois é o primeiro passo à busca de ajuda. E até mesmo esse auxílio ainda é encarado como tabu por parte da sociedade que ainda possui preconceitos às doenças mentais e profissionais que as tratam. É preciso compreender que os transtornos mentais têm tratamento e o mesmo pode auxiliar o paciente a ter uma qualidade de vida melhor, aprendendo a conviver com aquela doença”.

Sobre a rede de apoio, Henrique citou primeiramente a família como base ao acolhimento, além de amigos, profissionais da Saúde, Centros de Atenção Psicossociais, a espiritualidade, trabalho e hobbys.

“Pessoas que precisarem de ajuda também podem entrar em contato com o CVV, que ´Centro de Valorização da Vida, pelo 188, ou pelo SAMU 192, Corpo de Bombeiros 193 e Emergência 190. Aqui em Rio Pardo ainda temos o CAPS, à rua Carlos Botelho, 692, contato pelo 3682-9365, e a Saúde Mental, à rua Dona Olinda Ralston, 451, na Vila Formosa, contato pelo 3682-7886. E lembre-se sempre: não importa o seu problema, a sua dor, busque ajuda! A busca de ajuda não é fraqueza, mas coragem de escolher pela vida”, concluiu.

O psicólogo recebendo o certificado, ladeado por Amanda Elisei e Rafael Kocian
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