Mamãe Roberta e o bebê Mateus: A Maternidade aos 43 anos – “Missão desafiadora e linda”
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
Nesta data tão marcante, Dia das Mães, o www.minhasaojose.com.br homenageia a todas as mulheres, que optaram pela Maternidade, por meio de Roberta Claro Gesualdo Modesto, que foi mãe pela terceira vez meses atrás, aos 43 anos.
Em entrevista, ela contou a surpresa ao saber da gravidez, uma vez que já é mãe de Pedro Henrique, de 24 anos, e de Larissa, de 19 anos.
Pedadoga e pós graduada em Psicopedagogia e Análise do Comportamento – ABA, Roberta é casada há 24 anos com Danilo Nerone Modesto, que também se surpreendeu com a gravidez tardia. Ambos enfrentaram os desafios e as alegrias de trazer mais uma vida ao mundo, Mateus, que chegou dia 10 de fevereiro, após 37 semanas de gestação.
“Uma missão desafiadora e linda”, assim a mamãe definiu a Maternidade após os 40 anos, que ela detalhou na matéria, que vocês, leitores e internautas, conferem abaixo e na íntegra.

Minha São José: Roberta, este caçulinha lindo foi planejado ou foi surpresa?
Roberta Claro Gesualdo Modesto: Ele veio como uma grande surpresa. Não estava em nossos planos, mas estava nos planos de Deus, que são sempre melhores que os nossos. O Mateus é, sem dúvida, um verdadeiro presente de Deus — chegou iluminando nossa vida e enchendo nosso lar de amor e esperança.
Qual foi sua reação à gravidez, já que 19 anos se passaram após a segunda gestação e você com mais de 40 anos?
Achei que ia enfartar! (risos). No início, senti um misto de surpresa, ansiedade e preocupação, principalmente por conta da minha idade e dos riscos envolvidos. Antes da gestação, eu tinha ansiedade generalizada e fazia uso de muitos medicamentos. Ao descobrir a gravidez, precisei interromper todos os remédios de uma vez para não prejudicar meu bebê, o que foi um grande desafio. Foi preciso muita resiliência e fé para enfrentar esse processo. Decidi confiar plenamente em Deus. Entreguei minha gestação nas mãos d’Ele e fiz tudo que estava ao meu alcance com serenidade e confiança. Por isso, acredito que é possível, sim, viver a gestação com leveza, mesmo diante de dificuldades, quando se tem fé, disposição e coragem para enfrentar o processo com amor.
E a reação do maridão ao saber que seria papai novamente?
Ficou surpreso no início, mas logo se encheu de alegria. Danilo tem sido um pai muito presente e parceiro. A maturidade também está fazendo diferença em cada gesto dele com o bebê. Ele está encantado com o Mateus.

Conte um pouco sobre essa gestação.
Foi delicada e exigiu muitos cuidados. Fiz acompanhamento de alto risco com obstetra, usei suplementos vitamínicos, tomei medicamentos e segui à risca tudo que a médica recomendava para o bem estar meu e do bebê. Além disso, viver em comunidade e ter uma rede de apoio me ajudou muito — os irmãos da fé, meus amigos e familiares estiveram sempre presentes, orando por mim, me acalmando, sendo carinhosos, pacientes e extremamente cuidadosos. Isso me fortaleceu e me manteve serena ao longo de toda a gestação.
Roberta, como é ser mãe depois dos 40 anos? Qual foi ou é a sua maior dificuldade?
Ser mãe depois dos 40 é desafiador em muitos sentidos. O cansaço físico é real, mas a maturidade emocional nos ajuda a lidar com as situações com mais amor, sabedoria e paciência. Uma das maiores dificuldades para mim tem sido equilibrar a vida profissional com a maternidade. Tenho o compromisso de continuar sendo uma profissional dedicada e atualizada, mas ao mesmo tempo, quero garantir que meu filho receba todo o amor, presença e cuidado que ele merece. Conciliar essas duas missões exige esforço, organização e muita entrega, mas acredito que, com fé, tudo se torna possível.
E os filhos maiores, como reagiram à chegada do irmãozinho?
Pedro Henrique e Larissa acolheram o irmão com muito carinho e têm demonstrado um cuidado lindo com ele. Eles já não moram mais comigo, pois estudam em outra cidade, mas sempre que podem, ajudam e participam da rotina do Mateus com alegria. É emocionante ver como eles se conectaram ao irmão desde o início, mesmo à distância.
Qual a principal lição, aprendizado que essa gravidez e esse filho lhe trouxeram?
A principal lição foi que nós não temos controle de nada em nossas vidas e que devemos confiar nos planos de Deus e entender que tudo tem seu tempo. Aprendi que, mesmo quando achamos que já vivemos de tudo, Deus nos surpreende e nos presenteia com novas missões, e aceitar e se doar para o novo é sempre um ato de fé, coragem e amor. É abrir mão do controle para viver os propósitos d’Ele, que são sempre maiores e melhores do que os nossos.

Roberta, o que é ser mãe, principalmente neste momento de sua vida?
Ser mãe é ser instrumento do amor de Deus na vida dos filhos. É uma experiência transformadora, repleta de amor e desafios. É doar-se todos os dias, mesmo cansada, mesmo com medo. É conduzir, cuidar, proteger e ensinar, com amor, paciência e fé.
Por falar em ensinar, qual o principal ensinamento que, sendo mãe, passa ou passará aos seus filhos?
Quero ensinar aos meus filhos que a fé, o amor e a família são pilares essenciais da vida, mas que também é fundamental cultivar valores como caráter, honestidade, respeito e empatia. Que sejam íntegros, que saibam fazer o bem, que tenham responsabilidade com o próximo e que escolham sempre a verdade, mesmo diante das dificuldades. Quero que eles sejam conscientes de seu papel no mundo e que levem consigo os ensinamentos de Cristo em cada decisão que tomarem.
Para finalizar, deixe uma mensagem a todas as mamães “tardias” que tiveram, foram surpreendidas ou optaram em ter filhos após os 40 anos.
Quero dizer que a gestação depois dos 40 anos realmente exige muito cuidado. Ela envolve riscos reais, tanto para a mãe quanto para o bebê, por isso precisa ser uma decisão consciente, com acompanhamento médico constante. Não romantizo, nem indico como um caminho ideal, porque sei o quanto é delicado. Mas também acredito profundamente que Deus é quem tem a última palavra. Se Ele permite que uma vida se forme, é porque há um propósito. Então, confie, faça a sua parte com responsabilidade, e entregue o resto nas mãos do Senhor. A maternidade, mesmo em tempos desafiadores, é sempre uma missão linda.