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Paloma Teixeira: “Paulistana-Riopardense” é Enfermeira Emergencista no HCor na capital

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Ela viveu em Rio Pardo dos 13 aos 18 anos e depois retornou para São Paulo, onde estudou e atualmente trabalha no PS do Hospital do Coração

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas. O espaço “Cadê Você?” do www.minhasaojose.com.br desta semana está um pouco diferente. Hoje, ele não contará a história profissional de um rio-pardense, mas sim de uma paulistana, que tem São José do Rio Pardo como sua segunda terra natal, tamanho é seu amor e respeito pela cidade.

Paloma Gonçalves Teixeira mudou-se para Rio Pardo na adolescência junto à sua família, que optou por sair de São Paulo por conta da violência. Enquanto morou aqui, durante 5 anos, estudou nos Colégios Euclides da Cunha e Santa Inês, além do Centro Paula Souza.

Aos 18 anos foi para São Paulo cursar Enfermagem, um grande sonho, já que Paloma sempre se indentificou com a área da Saúde desde criança. Atualmente, ela é Enfermeira Emergencista no Pronto Socorro do HCor – Hospital do Coração, na capital, sendo este mais um sonho profissional realizado.

Ao longo da entrevista, Paloma contou mais detalhes da carreira, momentos especiais e mencionou uma pesquisa que fez em 2014 sobre o conhecimento dos rio-pardenses acerca dos primeiros socorros e contatos de emergência, constatando um percentual muito baixo de conhecimento em ambos assuntos.

A enfermeira destacou, ainda, memórias de Rio Pardo que a fez recordar momentos da adolescência, como sua participação na Fanfarra do Colégio Santa Inês nas Semanas Euclidianas e o café gelado, que tomava em companhia da mãe ao irem às compras no supermercado.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.

Paloma, com quantos anos se mudou para São José e por quê?

Paloma Gonçalves Teixeira: Me mudei com minha família para São José quando tinha 13 anos. Meus pais optaram por sair da capital por conta da violência. Eu não sou rio-pardense, mas amo São José de paixão como se fosse nascida aqui!

“Um bom enfermeiro é ser apoio físico e científico da sua equipe, auxiliando diariamente nas principais dificuldades de trabalho”, disse

E por que voltou a residir na capital?

Ao completar 18 anos ganhei uma bolsa de estudos para realizar a graduação de Enfermagem pela Faculdade Santa Marcelina e então retornei a São Paulo. Em quatro anos conclui a graduação e inicie a pós Graduação/Lato Sensu em residência multiprofissional de Enfermagem em Urgência e Emergência por dois anos no maior hospital da Zona Leste de São Paulo e um dos quatro hospitais de grande porte da cidade segundo o site oficial do hospital.

Além de sua família, você tem mais familiares que residem aqui em Rio Pardo?

Não, não temos parentes na cidade. É apenas a minha família minha mãe Jane, que é dona de casa, meu pai Fernando, que é aposentado da Polícia Militar Rodoviária, meu irmão Kaique, que estuda Direito e minha irmã Fernanda que também é enfermeira.

Vamos falar sobre sua carreira. Por que optou pela Enfermagem? Você teve alguma influência familiar, de amigos?

Sempre soube que trabalharia com alguma profissão da área da Saúde, porque durante a minha infância passei por diversas vezes internada e nesses períodos eu observava os profissionais cuidando das pessoas doentes e decidi fazer a mesma coisa quando crescesse!

Qual foi seu primeiro trabalho na área?

Meu primeiro emprego após o término da residência multiprofissional/pós graduação foi como enfermeira emergencista no pronto socorro do Hospital Do Coração, localizado próximo à Avenida Paulista e que realiza atendimentos em clínico geral, cardiologia, ortopedia e neurologia.

E quais são seus trabalhos atuais?

Atualmente ainda exerço minha profissão nessa instituição. Procuro sempre estar me atualizando cientificamente para oferecer aos meus pacientes um atendimento eficaz e seguro. Estou me especializando em Pesquisa Clínica.

“Almejo ser Mestre em Pesquisa Clínica e para concretizar esse sonho estou estudando muito”, contou Paloma sobre suas pretensões futuras na carreira

Cite um momento especial de sua carreira.

O momento mais especial da minha carreira foi com quando consegui entrar para a equipe do Hcor (Hospital do Coração). Sempre desejei trabalhar em um hospital referência no atendimento diferenciado, com qualidade e segurança ao paciente e que possui selo de acreditação internacional como a Joint Commission International (JCI).

O que é ser um bom enfermeiro?

Com a minha vivência ser um bom enfermeiro é ser apoio físico e científico da sua equipe, auxiliando diariamente nas principais dificuldades de trabalho.

Conte-me um pouco sobre essa pesquisa que fez e que, ao que parece, os rio-pardenses desconhecem números de contato importantes da Saúde. Qual objetivo dessa pesquisa?

A pesquisa, realizada em 2014, objetivou explorar entre a população leiga o conhecimento sobre a reanimação cardiorrespiratória, ou seja, se a população sabe reconhecer quando uma pessoa está em parada cardiorrespiratória (PCR), se eles sabem realizar as manobras para a ressuscitação corretamente e solicitar ajuda telefônica com os números convenientes, como por exemplo o do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Constatou-se que 50% da população pesquisada trata o atendimento a pessoa em parada cardiorrespiratória (PCR) como um simples desmaio por desconhecer os sinais e sintomas de uma pessoa acometida por PCR, demorando assim a iniciar a ressuscitação e diminuindo as chances de sobrevida do acometido. Detectou-se que de 52 pessoas analisadas, 16 pessoas disseram que ligariam para o SAMU ao reconhecer uma pessoa em PCR, porém dessas 16 apenas 10 sabem qual o número correto para ligar (192). Em outras palavras das 52 pessoas analisadas 36 (aproximadamente 70%) não ligariam para o SAMU e 6 das 16 pessoas que disseram que ligariam não sabem o número correto. Em síntese: das 52 pessoas apenas 10 ligariam para o número certo. Dados alarmantes para a saúde pública, pois é conhecido cientificamente que cada minuto que se perde não atendendo com eficiência o paciente em PCR perde-se sobrevida com qualidade.

E com esses dados deixo aqui meu pedido para que as autoridades de saúde pública de São José priorizem a disseminação de propagandas com os principais números de Urgência e Emergência, os sinais e sintomas da Parada Cardiorrespiratória e como realizar a ressuscitação. E que realizem novas coletas de dados para comparar com esses pesquisados.

Paloma junto à afilhada também em passeio em sua ‘segunda terra natal’

Por falar em Rio Pardo, qual é a sua maior saudade daqui?

Ah, falo com o coração cheio de alegria quando lembro da minha adolescência em São José, adoro tudo daqui, de verdade, mas a minha maior saudade é passar as tardes na Ilha São Pedro! Depois de ver os bichos, minha família molhava os pés na água do Rio. Ah, e também amava participar da Semana Euclidiana com a minha equipe da Fanfarra do Colégio Santa Inês.

Cite um cheiro, um som e um sabor que te façam lembrar de São José.

Cheiro de verde, de mato (risos), som de água de cachoreira me traz uma saudade enorme de São José e sabor de café gelado que vende no supermercado Fonseca e que eu tomava toda vez que fazia compras com a minha mãe!

Para finalizar, quais são seus projetos profissionais para o futuro? Pretende voltar a residir e trabalhar em Rio Pardo?

Falar sobre ser enfermeira é falar em sempre estar atualizada e estou constantemente a procura de me atualizar. Almejo ser Mestre em Pesquisa Clínica e para concretizar esse sonho estou estudando. Sim, com certeza pretendo voltar a morar em São José, quero criar meu filho aqui para ele também participar da Semana Euclidiana e desejo que ele adore como eu adorava!!!

Momento de férias e descanso de Paloma em São José no Recanto Euclidiano

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