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Regina Reis Abrão fala do amor à Educação Física em mais de 20 anos de profissão

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Ela destacou que a opção pelo Magistério foi influência de excelentes professores que teve ao longo da vida escolar e na Natação

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Neste dia 1º de maio e em homenagem a todos os trabalhadores, o www.minhasaojose.com.br retrata um pouco da história de uma das profisisonais mais queridas e respeitadas da cidade quando o assunto é Educação Física, a professora e educadora física Regina Reis Abrão.

Natural de Guarulhos, ela é graduada em licenciatura e bacharel no curso de Educação Física pela UMC – Universidade de Mogi das Cruzes (1996 – 1999) e Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP –  Escola Paulista de Medicina (2000 -2001).

O amor pelo trabalho, que já era nítido em seu cotidiano, ficou ainda mais evidente na pandemia, onde, junto ao marido e educador físico Iury Abrão e outros centenas de professores e professoras, lutaram para poderem exercer plenamente a Educação Física, mesmo diante de tantas adversidades.

Regina iniciou na profissão já no 1º ano de graduação, em uma academia em São Paulo onde, inclusive, praticava a Natação, uma de suas grandes paixões. Ainda na faculdade, ela trabalhou como professora de dança em um bairro carente de São Paulo, a sua segunda grande paixão. “Neste lugar adquiri valiosas experiências, principalmente  com as crianças”, recordou.

E por falar em recordação, ao longo da entrevista, Regina destacou momentos marcantes da carreira, os aprendizados vivenciados em sala de aula, já que também é docente nos cursos de Educação Física, Psicologia e Fisioterapia na UNIP – Rio Pardo, e, claro, os benefícios da atividade física, principalmente neste momento tão peculiar o qual estamos vivenciando diante da Covid-19.

A piscina sempre despertou o interesse de Regina, desde a época da faculdade: atualmente, ela ministra aulas de hidroginástica para turmas sempre muito animadas na Atletic Comp

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.

Regina, por que optou pelo magistério? Houve alguma influência familiar, de amigos?

Regina Reis Abrão: A opção do magistério foi vivenciando experiências com professores exemplares na escola e onde praticava a Natação.

E por que cursou Educação Física? Qual área mais gosta de atuar como professora?

Optei pela carreira de professora de Educação Física pela afinidade e prática que tinha com os esportes, em especial a Natação e a Dança.

Após formada, qual foi seu primeiro emprego na área e quais as escolas que já lecionou?

Ainda no 1º. ano da faculdade comecei a trabalhar como estagiaria onde nadava,  na academia Jet Center em São Paulo, e fiquei la como professora de natação, hidroginástica e ginástica na filial e matriz,  até vir para São José do Rio Pardo, quando acabei a especialização e me casei, sendo os proprietários desta academia,  meus padrinhos de casamento. Meu 1º. Emprego portanto,  foi na área da natação, depois veio a hidroginástica bem como a ginástica geral, que naquela época dava aulas de Step, Localizada, Aeróbica e Alongamento. Também quando estava na faculdade trabalhei como professora de dança em um bairro carente de São Paulo, lugar onde adquiri valiosas experiências, principalmente  com as crianças.

No registro, em aula prática com os alunos de Educação Física da UNIP

Quais são seus trabalhos atualmente?

Atualmente junto com meu esposo Iury sou proprietária da Atletic Comp, onde ministro aulas de hidroginástica, ginástica e personal training, além de atender em domicílio. Sou professora na Universidade Paulista, UNIP; nos cursos de Psicologia, Educação Física e Fisioterapia desde 2005.

Regina, qual foi o momento mais marcante de sua carreira?

O momento mais marcante da minha carreira está sendo agora com essa pandemia, onde muitas vezes não é possível trabalhar e exercer minha função, profissão que tanto gosto e que é de suma importância  principalmente agora. Ter o próprio negócio e vê-lo fechado por quase meio ano, depois abrir as portas, fechar novamente é muito triste. Olhar para o seu próprio negócio e ver o ambiente, as piscinas vazias, não é nada fácil, uma vez  que os nossos alunos são a alma do negócio. Quando possível, é um momento que tenho que me reinventar para ministrar as aulas, tanto de ginástica como da universidade.

Algum aluno lhe marcou durante esse período na Educação Física?

Tenho uma história que sempre me recordo: Certa vez, dando aula de natação em São Paulo, recebi uma aluna cujo seu objetivo era tomar banho com a cabeça embaixo do chuveiro, tamanho pânico que ela tinha de água! Foi realmente um desafio, mas foi um sucesso.

O que é o melhor e o que é o pior em ser professor?

O melhor em ser professor, coisa que amo muito, sem dúvida são os aprendizados adquiridos com os próprios alunos e as amizades que conquistamos. O pior acredito ainda que é a desvalorização desta profissão.

Além do curso de Educação Física, Regina também ministra aulas nos curso de Psicologia e Fisioterapia na Universidade Paulista desde 2005

Como você incentiva seus alunos à prática da atividade física?

Acredito que incentivo meus alunos à prática de atividades físicas não só praticando, mas também passando o conhecimento que tenho sobre os benefícios que ela traz à saúde do indivíduo, não só física, como mental e social.

E qual a importância da atividade física, principalmente neste momento de pandemia?

A atividade física é imprescindível para melhorar a saúde do indivíduo como um todo, física, social e mental. Entre inúmeros benefícios podemos dizer que a atividade física bem orientada, principalmente neste momento de pandemia pelo COVID-19, melhora   mentalmente produzindo  mais serotonina e endorfina, neurotransmissores relacionados à sensação de bem-estar e que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. As atividades físicas neste momento pode ser um aliado muito importante principalmente nos grupos de risco de comorbidades como podemos citar para:  Diabetes mellitus; Pneumopatias, Hipertensão, Doenças cardiovasculares, Doença cerebrovascular, Doença renal crônica, Imunossuprimdos, Anemia falciforme, Obesidade mórbida, Síndrome de down. Cabe salientar ainda que investigações pelo mundo constatam que a obesidade é um dos fatores mais críticos para o agravamento da Covid-19. Pessoas com excesso de peso tendem a ter pressão e glicemia mais elevadas e outras condições propícias a gradros graves de Covid-19. A obesidade deixa o organismo exposto a inflamação e formação de coágulos, duas situações que pioram as coisas diante de uma infecção pelo vírus. Segundo Luís Fernando P. Bicudo; e Mauro W. Vaisberg em artigo de revisão publicado em 2002; “pessoas fisicamente ativas tem menor incidência de doenças virais e bacterianas”. Poderia ficar aqui discorrendo ainda mais sobre os benefícios da atividade física, mas finalizo com a transcrição da fala do próprio coordenador-executivo do Centro de Contingência ao Coronavírus Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo dos Reis, em um de seus pronunciamentos, relatando a importância  de praticar atividade física, mesmo durante a pandemia: “De todos os hábitos que nós temos e nós podemos ter hábitos saudáveis o item, o fator mais significativo, aquele que traz mais impacto sobre a saúde da população sobre a saúde da pessoas, sobre a preservação e prevenção de doenças é a atividade física, mas do que qualquer outra coisa, mas que alimentação saudável, mas do que o habito de não fumar, a atividade física é a que todas as pesquisas cientificas mostram que tem o maior impacto sobre a saúde das pessoas .

Finalizando,  para quem tanto ensinou, qual foi seu maior aprendizado em sala de aula e na academia?

O maior aprendizado durantes as aulas, que a experiência me trouxe, é que devemos olhar cada aluno como sendo único e na sua individualidade biológica. Mesmo nas aulas coletivas, ele deve ser sempre escutado e valorizado pelo o que ele consegue fazer com suas limitações e potencialidades.

Em família: Regina e o marido, Iury, grandes incentivadores da atividade física, que também já conquistou os filhos Yasmim e Igor
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