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Hoje é dia de Banda! E o regente Alex conta sua trajetória de 20 anos na Corporação Musical Riopardense

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Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Após um período crítico, a Corporação Musical Riopardense está novamente alegrando nossas noites de domingo. Seja no coreto ou agora por meio de transmissões on line, a tradicional ‘Banda’ se reergueu nos últimos anos e ‘tomou fôlego’ para continuar com a experiência dos músicos mais velhos aliada ao conhecimento dos mais jovens.

Por falar em jovialidade, o atual regente da Corporação praticamente cresceu vendo e ouvindo a Banda e começou sua trajetória musical na mesma também cedo, no início da adolescência. Alex Matheus Battaglia Felisberto está completando 20 anos neste que também se tornou seu projeto de vida.

Elogiado não apenas pela equipe de músicos que formam a Corporação pelas suas inovações nos arranjos e músicas, Alex é reconhecido por toda a sociedade pelo seu amor e dedicação à Banda, sendo que muitos o consideram como um dos grandes responsáveis pela manutenção dessa tradição.

Embora sua presença e talento sejam notados mais ativamente na Corporação, Alex possui um amplo currículo na música rio-pardense. Ele já participou de orquestras e ficou ainda mais conhecido em participações principalmente nas festas de casamento.

“Comecei a me interessar por música aos 8 anos e fiz curso no Fortes das Artes, em São Paulo (Arranjos e Regência) Atualmente, além de reger e fazer os arranjos, toco piano, trompete, trombone e tuba”, disse.

Alex, o primeiro em pé da esquerda para a direita, junto à Corporação Musical: projeto e sonho de vida

O convite para participar da Corporação aconteceu por meio de um grande amigo. “Eu tinha 13 anos quando meu primeiro professor, Manuel Rueda, me convidou para tocar o primeiro instrumento, o trompete. Isso ocorreu no ano 2000. Depois daquele dia a Corporação se tornou um sonho que, aos poucos, estamos realizando. Digo estamos porque ela não é feita apenas por mim, mas por um grupo de músicos apaixonados e dedicados à ela”, destacou.

Mal sabia o jovem que passaria de expectador a músico e regente da Corporação. O momento mais marcante dele na regência foi ‘catastrófico’, como mencionou. “Ele aconteceu quando tive a oportunidade de executar o meu primeiro arranjo. Embora catastrófico, mas me deu o ânimo para continuar em busca do acerto”, afirmou.

Questionado sobre suas inspirações musicais, Alex destacou o saudoso maestro Francisco Cônsolo. “Infelizmente não pude conhece-lo, mas tive o prazer de readaptar toda sua obra e verificar a sua genialidade. Fora da Corporação, minha inspiração é o grande músico internacional trompetista Arturo Sandoval”.

Alex já participou de inúmeras apresentações da Banda, seja como músico ou regente, e confessou que em praticamente todas uma música não pode faltar. “Sem dúvida é o hino da cidade. Assim sempre lembramos a nossa raiz, que é a nossa querida São José do Rio Pardo, como a própria música diz”.

Estudioso, ele sempre está em busca de novidades para, junto aos músicos, apresentar à população. “Não há fórmula mágica para a banda dar certo. Acho que o segredo para a Corporação funcionar é trabalho, dedicação e estudos, pois é muito bom oferecer algo novo ao público e realmente nos renovamos nos últimos tempos, assim como o próprio público que nos acompanha”, observou.

Sobre o que espera para o futuro da Corporação Musical Riopardense, Alex falou como músico, regente e, claro, um apaixonado por ela. “Gostaria que tivesse a integração de mais músicos para o corpo musical para que também dessem continuidade à ela!”, concluiu.

O jovem regente começou a tocar aos 13 anos na Banda e gostaria que mais músicos se interessassem por ela para que a tradição seja mantida

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