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Érika Maida: De nordeste a sudeste, os desafios de uma rio-pardense para o êxito na Fisioterapia

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Com quase 15 anos de profissão, ela reside e trabalha atualmente em Ribeirão Preto, mas já passou anos no Ceará

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas. Neste feriado de 15 de novembro, o www.minhasaojose.com.br traz mais uma história inspiradora, movida a desafios, os quais levaram e ainda levam a rio-pardense Érika Delgado Maida ao êxito profissional, digamos de nordeste a sudeste do Brasil. Hoje o espaço “Cadê Você?” conta um pouquinho da história desta fisioterapeuta e mãe, apaixonada pela profissão e pela família, que saiu de São José do Rio Pardo 20 anos atrás para estudar, porém jamais esqueceu suas sólidas raízes aqui na ‘terrinha’.

Enquanto residiu em Rio Pardo, Érika estudou nos colégios Santa Maria e Fundação Educacional e em 2001 mudou-se para Ribeirão Preto, quando ingressou na faculdade Barão de Mauá para cursar Fisioterapia. Após a conclusão do curso, a vida profissional da rio-pardense passou por muitos desafios, que foram superados pelo amor, conhecimento e respeito à profissão. E o primeiro deles aconteceu assim que concluiu a graduação.

“Assim que me formei fui aprovada no processo seletivo e fui trabalhar como estagiária na UTI do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Foi um momento de muito desafio em minha vida, porém muito enriquecedor para a minha carreira. Chegar da faculdade e ser responsável pela fisioterapia de uma ala inteira da UTI de um hospital tão grande e tão conceituado era um enorme desafio regado a muito estudo!”, contou.

E foi assim, neste primeiro trabalho, que Érika também se apaixonou pela UTI e pela cardiologia. “Foi então que resolvi encarar mais um desafio! Prestar a prova do aprimoramento/residência em cardiologia do Hospital das Clínicas, onde havia apenas uma vaga de bolsista! E passei! A vaga era minha! E começava, assim, a melhor jornada de aprendizado da minha vida. Dois anos trabalhando, me aperfeiçoando e participando de procedimentos e de trabalhos científicos na cardiologia do hospital das clínicas de Ribeirão Preto. Sonho realizado!”, disse.

Após alguns anos de trabalho em Ribeirão Preto, Érika casou-se em 2010 e, novamente, a vida lhe apresentava mais um momento desafiador. Deixar a conhecida ‘califórnia brasileira’ para morar no Ceará, sendo este um grande desafio por vários fatores. “Passei quase 8 anos neste maravilhoso estado, morando 1 ano em Fortaleza e o restante em Sobral, no interior. Mais um momento de crescimento para a minha vida, mas dessa vez de inserção em novos costumes, cultura, sabores! No Ceará atendia em minha clínica, fazendo reabilitação cardiovascular, desta vez fora do ambiente hospitalar, e também atendia a parte de ergonomia e saúde dos funcionários de algumas empresas da cidade”, contou. 

Érika junto com o filho, Vicente Henrique: mesmo longe da família, ela conseguiu conciliar maternidade e profissão no Ceará

A MATERNIDADE LONGE DA FAMÍLIA: MAIS UM APRENDIZADO 

E se a vida profissional de Érika sempre foi movida a desafios, a pessoal não poderia ser diferente. Em 2012 ela se tornou mãe do pequeno Vicente Henrique. “Acho que este foi mais um grande desafio para mim, pois vivenciei a maternidade longe de minha família, porém isso também foi bom, pois meu filho teve a oportunidade de conhecer a cultura do nordeste, conhecer praias, costumes e vivenciar tudo isso durante cinco anos de sua vida”, afirmou.

E, no final de 2017, mais uma reviravolta, digamos assim, na vida da família. “Decidimos retornar a Ribeirão Preto pela questão da distância que nos separava da família. E assim foi mais um desafio! Recomeçar depois de tudo já encaminhado no Ceará!! Mas vamos lá! Retornamos e de início comecei a atender meus pacientes particulares de reabilitação cardíaca”, contou Érika.

Como grande parte dos pacientes eram idosos, a fisioterapeuta começou a se inserir na geriatria, se especializando e aperfeiçoando, unindo a reabilitação cardíaca à geriatria. “Hoje trabalho praticamente com idosos e estou inserida no nicho de residenciais particulares de longa permanência para idosos de Ribeirão Preto”.

Mas nem sempre os desafios e até oportunidades que surgiram foram encarados pela fisioterapeuta, que soube dizer não a alguns e no momento certo. “Um pouco antes do início da pandemia passei em um concurso para trabalhar em uma UTI de um grande hospital de Ribeirão Preto e e decidi não assumir pela vida corrida de trabalho, maternidade e casa. E vi que fiz a escolha certa, mal sabia que estava por vir um momento tão difícil na vida de todos: a pandemia causada pelo vírus da COVID -19 , que tornaria tudo mais complicado ainda se estivesse na UTI”, disse.

Atualmente, a fisioterapeuta se dedica aos idosos e está inserida no nicho de residenciais particulares de longa permanência de Ribeirão Preto

Entretanto, não aceitar essa oportunidade não tornou a vida profissional de Érika menos difícil neste momento de pandemia. “Trabalhar com idosos frágeis e suscetíveis ao agravamento da infecção pelo vírus durante a pandemia foi bem complicado e continua sendo, pois muitos pacientes encontram-se com sequelas graves pós-COVID, um desafio para ciência e para nós profissionais de saúde”.

E assim Érika continuou seu trabalho com os idosos, apaixonando-se cada vez mais por essa área da Fisioterapia. “Descobri que trabalhar com o envelhecimento é muito gratificante e rico em aprendizados! Aprendo muito a cada dia com a sabedoria de meus pacientes”, ressaltou.

Sobre completar 15 anos de profissão no mês de janeiro de 2022, a fisioterapeuta destacou o sentimento de alegria e satisfação pelas reabilitações bem sucedidas em seus pacientes. “Lá se foram 15 anos de desafios! De e idas e vindas, de tristeza por perda de pacientes, mas também a maior parte de alegria pela cura e reabilitação de muitos! O sentimento de sucesso por ver um paciente retornando a vida normal, conseguindo realizar suas atividades com independência depois de chegar até mim precisando de ajuda não tem preço”.

Sobre a possibilidade de voltar a São José para morar e trabalhar, a fisioterapeuta disse que nunca se sabe os caminhos que a vida vai tomar. “Mas, no momento, estou estabelecida por aqui. E sempre estou por São José também! Amo minha cidade natal! Sempre que posso vou até aí para curtir minha linda terra ao lado de minha família!”.

Érika finalizou deixando uma bonita lição, que aprendeu e aprende no dia-a-dia com seus pacientes idosos. “‘Siga fazendo o bem e aproveitando a vida! Sempre se divertindo no caminho! Não se esqueça de se divertir fazendo o que gosta” Aproveite a vida enquanto pode aproveitá-la’. Esta é a voz da sabedoria! Tomem nota! (risos)”.

E sempre que pode, Érika está por aqui na terrinha, visitando a família e recordando momentos e lugares especiais, como a Praça XV de Novembro e a fonte luminosa
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