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Dia Nacional de Combate à Surdez: Saiba quais são os principais tipos de perda auditiva

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A fonoaudióloga rio-pardense, Dra. Juliana, destacou que embora menos comum, as perdas auditivas também podem ocorrer entre os jovens

Nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A data foi instituída pelo Ministério da Saúde como ato de luta, conscientização e cuidados com a doença. A fonoaudióloga rio-pardense Juliana Madureira Pizani, que atualmente reside e atua em Passos/MG, falou ao Jornal Folha da Manhã, em entrevista ao repórter Carlos Renato, cuja entrevista também está sendo veiculada pelo www.minhasaojose.com.br.

Ela explicou que a audição ocupa um papel único responsável pela aquisição de conhecimento e integração social dos indivíduos. “Quando ocorre algum problema podem surgir dificuldades relacionadas à escuta de sons diários como conversas casuais, assistir TV, falar ao telefone, entre outras situações que podem gerar desde irritabilidade até o isolamento social”, disse a médica.

Segundo a fonoaudióloga, há três tipos de perda auditiva: neurossensorial, a mista e a condutiva. “Nos casos das perdas neurossensoriais, o ouvido interno e nervo auditivo estão afetados, neste caso, é necessário a reabilitação com próteses auditivas. As perdas mistas, em alguns casos, podem ser tratadas com otorrinolaringologistas e também podem ser reabilitadas com próteses auditivas. Neste caso, o dano ocorre no ouvido médio e no ouvido interno, concomitantemente. Já nas perdas condutivas, na maioria das vezes, o tratamento com otorrinolaringologista é satisfatório fazendo com que haja progressão do quadro”, afirmou.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda auditiva atinge cerca de 360 milhões de pessoas, independente da idade. Juliana observou que uma em cada três pessoas com mais de 65 anos tem alguma perda auditiva, porém, destacou que os jovens também são vítimas da patologia. “Apesar de mais comum em idosos, as dificuldades auditivas também afetam os mais jovens devido a diversos fatores, incluindo doenças na infância, patologias labirínticas, fatores genéticos, doenças metabólicas e infecciosas, exposição ao ruído alto ou medicamentos. A verdade é que pessoas de todas as idades podem sofrer perda auditiva”, disse.

Juliana destacou que “a perda auditiva não afeta apenas a condição de ouvir os sons. Secundariamente, existem outros comprometimentos neurais que podem levar o indivíduo a ter sintomas de mudança de comportamento social, alienação, isolamento, depressão e redução da capacidade de memória (demência). Sintomas que merecem atenção de multiprofissionais. Quanto antes identificada e tratada, menor será a sua repercussão”.

Ter hábitos saudáveis como boa alimentação, praticar esportes e evitar ingestão excessiva de álcool ou fumo, não tomar medicamentos sem orientação médica, evitar ambientes com muito barulho, e não introduzir objetos nos ouvidos estão entre as medidas indicadas para evitar problemas na audição.

“A limpeza deve ser feita somente por fora do canal auditivo, nunca utilizar medicamentos ou qualquer outra substância diretamente nos ouvidos sem orientação do profissional especializado, usar equipamentos de proteção individual (EPI) nos locais de trabalho, quando exigir, e evitar o uso excessivo de fones de ouvido em intensidade elevada também contribuem para a saúde auditiva”, concluiu Juliana.

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