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Sara: a mãe do Davi, dos alunos – um exemplo de coragem à maternidade

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Ela foi mãe aos 22 anos sem planejar a gravidez e assumiu muito além do papel materno ao filho

Reportagem e texto: Natália Tiezzi Manetta

Muitas vezes a maternidade chega de surpresa na vida de uma mulher, que assume um papel que vai muito além de ser mãe: ela também faz as vezes de pai, de conselheira, que busca em Deus e na própria família a base para se fortalecer e poder aprender e ensinar. Todas essas características descrevem a vida de Sara Nahime Andrioli, a mamãe especial que o www.minhasaojose.com.br destaca neste 10 de maio em homenagem a todas as mulheres que exercem os prazeres e as dores maternas, sejam elas biológicas, de coração, avós, tias, madrinhas…

Durante a entrevista, Sara falou sobre ser a mãe do Davi, mas também um pouco ‘mamãe’ de centenas de alunos, já que é professora há 8 anos e agora, também desempenha as funções de Diretora da EMEB Pequeno Samuel. Além disso, ela também assumiu o papel de mãe de sua saudosa avó, a dona Linda, a quem se referiu emocionada relembrando os períodos em que foi além de neta, sua cuidadora.

Não há manuais de instrução para ser mãe, mas Sara conta com grandes exemplos e ensinamentos que lhe ajudaram e ajudam nesta tarefa, vindos da mamãe Eli e da vovó Elza. Mas, o que é realmente ser mãe para uma mulher que teve que assumir esse papel tão cedo, aos 22 anos? O que Sara representa ao jovem Davi? Perguntas que você, leitor, confere as respostas na entrevista abaixo.

Sara, você foi mãe jovem. Sua gravidez foi planejada?

Fui mãe aos 22 anos, realmente muito jovem e não foi uma gravidez planejada. Na verdade foi planejada por Deus.

Você fala com orgulho que foi mãe e também pai do Davi. Qual foi o momento mais difícil que enfrentou?

Ser mãe e pai do meu filho foi difícil, mas também muito gratificante para mim. Não levo comigo momentos difíceis que enfrentei com ele, mas tenho um recente que foi uma viagem em que ele ficou 6 meses longe e tive várias vezes a impressão de que não ia aguentar! Me lembro como se fosse hoje daquele abraço e eu voltando sozinha para casa – uma sensação horrível, pois Davi é muito companheiro. Não foi fácil, mas passou e o seu retorno foi de total alegria!

Sara com a mamãe, Eli: “Meu espelho de fé, de trabalho, de nunca desistir, e o mais importante: de confiar em Deus”

Como você se define mãe?

Uma leoa quando é para defender o Davi. Uma mãe preocupada, valente, atenciosa, esforçada, brava, carinhosa do meu jeitinho (risos). Não me permito não fazer pelo meu filho!

O que a maternidade trouxe de melhor à sua vida?

Força, coragem e muita gratidão, sem dúvidas. Eu digo sempre a ele que quando o peguei pela primeira vez todos os meus medos se foram…

Por falar em mãe, o que sua mãe e suas avós representam em sua vida?

Nossa! Amizade, amor, cumplicidade, companheirismo. Posso falar um pouquinho de cada uma? Minha mãe Eli é meu espelho de fé, de trabalho, de nunca desistir, e o mais importante: de confiar em Deus! Minha avó Elza é minha maior companheira. Com seus 88 anos me ajuda com minhas comidas árabes e ainda na maior elegância: é a mais bela de todas as avós e mulher de oração! Ahhh! Vó linda! Minha saudosa Lindinha, a melhor de todas desse mundo, meu amor e minha paixão! Sempre vou levar comigo seus ensinamentos de amor, respeito, paciência, igualdade, humildade, zelo. Saudades eterna de tudo que vivemos juntas!

Qual o conselho ou lição que aprendeu com elas e usa até hoje com o Davi?

Confiar em Deus em qualquer circunstância, a importância da oração, fé. Zelar sempre pelo seu nome, pois é o que levamos dessa vida. Honestidade, lealdade e amor ao próximo são valores que te formará um grande homem – sempre ensino e digo isso a ele!

Vamos falar da Sara professora. Há quanto tempo leciona?

Lecionar é minha paixão! Leciono há 8 anos e estou na EMEB PEQUENO SAMUEL faz 3 anos como professora. Este ano recebi o convite para ser Diretora, que por sinal é a escolinha do meu coração! São dois trabalhos diferentes sim, mas estar no meio dos meus alunos é o que mais me traz alegria!

As avós, dona Linda, à esquerda (in memoriam) e dona Elza: “as melhores avós do mundo”

Você se sente um pouco “mãe” dessas crianças? O que mais ensina e o que mais aprende com elas?

Sim, com certeza! Criamos um vínculo durante o ano, vinculo de amor, parceria e ensinamentos mútuos. Na verdade eu mais aprendo com eles (risos). O afeto, o olhar, a forma com que expressam os sentimentos, a necessidade daquele abraço da professora. A parte pedagógica é sem dúvida  nosso trabalho quando se diz escola, mas alguns valores não tem como deixar passar nessa nossa relação durante o ano: respeito pelo próximo, orgulho de quem são e do que vão se tornar e sempre o amor, não é? Não tem como ensinar e aprender sem o amor! É bom demais quando eles batem asas, crescem e quando encontramos em algum lugar a lembrança da professora, tia Sara!

Apesar das dificuldades, se pudesse voltar atrás, você seria mãe novamente?

Sim, sim, sim!!!! Seria mãe do Davi infinitas vezes sem pensar! Ele veio para acrescentar, alegrar meus dias e me mostrar o quanto a vida é linda!!! Eu agradeço a Deus todos os dias pela vida do meu filho. Ele sim é minha maior mudança e meu orgulho!

MINHA MÃE É MEU PORTO SEGURO, A PESSOA QUE EU MAIS ME ESPELHO E QUEM EU SEMPRE POSSO CONFIAR. A MAIS LINDA (E AINDA BEM QUE EU SOU A CARA DELA – RISOS). QUEM ME ENSINA OS MELHORES VALORES DA VIDA! É QUEM ENFRENTA O MUNDO POR MIM. MINHA MÃE É O AMOR DA MINHA VIDA!“, DECLAROU DAVI À SARA

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