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“Mulheres corredoras”: Joyce e Natália destacam os benefícios da Corrida

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Esporte, ainda um pouco masculinizado, está se tornando uma boa opção à qualidade de vida também para o sexo feminino

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Correr. Apesar de parecer apenas um jargão do dia-a-dia agitado, a prática é uma modalidade esportiva que traz inúmeros benefícios que melhoraram a qualidade de vida e, obviamente, a saúde. Por muitos anos, a Corrida foi um esporte predominantemente masculino, mas, agora, as mulheres estão dando as caras, ou melhor, pernas e pés nas pistas, ruas, avenidas.

E aqui em Rio Pardo não é diferente. Nos últimos anos cresceu o número de mulheres corredoras, que desmistificaram essa história de que ‘corrida é coisa só de homem’ e ganharam espaço neste esporte, a exemplo de duas amigas, a microempresária Joyce Mazini de Faria, de 39 anos, e a cabeleireira Natália Ramos Carvalho, de 35, que vêm se dedicando às corridas, inclusive participando de competições.

Em entrevista ao www.minhasaojose.com.br, Joyce e Natália contaram um pouco como esse esporte passou a fazer parte de seus cotidianos, os benefícios da Corrida e, claro, momentos marcantes durante as práticas.

Superação, terapia, vício”. Assim Joyce e Natália descreveram esse esporte

Uma curiosidade das duas amigas são as metas que querem atingir no esporte. Atualmente, ambas correm uma média de 10 quilômetros durante os treinamentos, sendo que os tempos sempre são melhorados. Inclusive elas já estão treinando para correrem a Meia Maratona de São Paulo, cujo percurso é de 21 quilômetros.

Superação, terapia, vício. Assim Joyce e Natália descreveram esse esporte, sendo que essa matéria também tem o objetivo de reconhecer os esforços de todas as mulheres corredoras de São José do Rio Pardo e, claro, incentivar tantas outras nesta modalidade.

Confira, abaixo, a entrevista das amigas e corredoras Joyce e Natália, na íntegra.

Por que começaram a praticar corrida?

Joyce: Comecei a praticar a corrida como um desafio pessoal, nunca me imaginei correndo! Achava interessante também ver as pessoas que praticavam o esporte, me passavam uma sensação de felicidade ao fazerem aquilo.

Natália: Estava acima do peso e queria emagrecer.

Quando e como isso ocorreu? Vocês tiveram algum incentivo a esse esporte?

Joyce: Comecei a correr em 2017, quando a Associação Atlética Riopardense colocou novamente no quadro de esportes do clube essa modalidade. Fui acompanhada do meu marido, que me incentiva sempre.

Natália: Comecei a correr em 2015 no campo do Jardim Aeroporto com a orientação de um professor do DEC . Em 2017, uma amiga me convidou para começar a treinar corrida em na AAR com o professor Evandro.

Ambas têm acompanhamento de um Educador Físico, o professor Evandro, principalmente para o direcionamento nos treinos e para se evitar lesões

No início vocês corriam sozinhas? Quando começaram a correr juntas?

Joyce: Quando comecei era muito difícil correr sozinha, sempre tinha companhia. Comecei a correr na turma das 18:00 na Associação e a Natália corria na turma das 7:00. Começamos a correr juntas em 2019 quando passei a correr de manhã. Uma sempre apoiando a outra e incentivando quando necessário. Hoje fazemos assessoria com o Evandro Almeida, onde temos um treinamento mais individualizado.

Natália: Eu sempre gostei de correr de manhã! Comoa Joyce explicou, eu corria na turma das 7:00 e a ela na das 18:00 na AAR . Em 2019 começamos a correr juntas, quando a Joyce começou a treinar de manhã . Uma sempre incentivando a outra!

Vocês sofreram preconceitos com relação à prática da corrida?

Joyce: Não, nenhum. Muito pelo contrário: sempre tive muito incentivo por parte de colegas, treinador e o marido, que sempre é o maior incentivador.

Natália: Não sofri nenhum preconceito.

Para correr é necessário tem o acompanhamento de um educador físico?

Joyce: Sim, é o ideal. Além também de uma musculação e fortalecimento mais voltados para o esporte para evitar lesões.

Natália: O acompanhamento de um educador físico faz total diferença, pois evita lesões e ajuda na melhora do desempenho.

E quais foram os benefícios que a corrida trouxe para a vida de ambas?

Joyce: Os benefícios foram a perda de muitos quilos (risos), uma melhor qualidade de vida, maior ânimo para realizar as atividades diárias, além de muitas amizades que levarei para o resto da vida.

Natália: Emagrecimento, amizades, qualidade de vida , bem estar físico, mental e emocional.

Neste registro, Natália (à esquerda da Foto) e Joyce durante uma das competições que participaram e venceram

A corrida ainda é um esporte masculinizado? 

Joyce: Não acho que é tão masculinizado mais, isso já está mudando, pois quando participamos de provas boa parte são mulheres. Diria a todas elas que não percam tempo, que comecem aos poucos mas façam. É um esporte sofrido, mas ao terminar a sensação é maravilhosa!!! A corrida se torna um vício!!!

Natália: Acho que já foi mais, pois hoje temos muitas mulheres participando e se destacando nas corridas . Acredito que isso inspire e incentive muitas mulheres. No horário que treino, desde que comecei, o número de mulheres sempre foi maior. A dica que dou é: Comece com orientação profissional, comece devagar, não se compare e supere-se!

Quando vocês começaram a treinar, quantos metros ou quilômetros faziam? E hoje em dia, quantos fazem?

Joyce: Quando comecei corria no máximo 5km. Já cheguei a fazer 18km, mas hoje em dia faço no máximo 10km pois estamos treinando para fazer a Meia Maratona de São Paulo, que são 21km. Nossos treinos acontecem no clube da Associação, pista de atletismo do aeroporto e pelas ruas da cidade. Cada dia vamos em um lugar.

Natália: Quando comecei não conseguia correr o tempo todo, então alternava corrida e caminhada. Com o passar do tempo fui evoluindo. Gosto muito de metas. Minha última meta foi melhorar meu tempo nos 10 km, quando participamos de um projeto de estudo de mestrado do nosso professor. Hoje, como a Joyce disse, estamos treinando para participar da Meia Maratona, em julho .

algum momento marcante, especial, engraçado que aconteceu com vocês durante uma corrida?

Joyce: Sim, uma prova que participamos em Poços de Caldas que se chamava Vulcan Race, que é uma corrida de obstáculos militarizada. Lá fui picada por abelha, como éramos uma equipe, uma das moças quase nos afogou em um açude, pelo qual tínhamos que passar, a Natália quase ficou sem o ombro pois a moça pulou em cima dela. Todas as vezes que participamos de alguma prova, sempre se torna especial e marcante, cada uma é uma sensação diferente que se torna única.

Natália: Nesta prova que a Joyce citou, uma participante não sabia nadar e na travessia do açude ela pendurou no meu pescoço, tive que carregar nós duas; uma outra participante da minha equipe em um dos obstáculos caiu em cima de mim e acabou machucando meu ombro.

Para finalizar, como vocês definiriam a corrida em suas vidas?

Joyce: A corrida me transformou em uma outra Joyce, que eu não conhecia, capaz de enfrentar qualquer coisa, qualquer obstáculo. Me transformou em uma pessoa melhor. A corrida me trouxe amizades que vou levar para o resto da vida.

Natália: A corrida para minha vida é superação, é terapia, é meu momento, é a hora de ouvir minhas músicas, pensar nos meus problemas, é o tempo que tenho para mim.

A “corrida do perrengue”, em Poços de Caldas: picadas de abelha, resgates no açude – “cada corrida é especial e única”
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