Medo de ficar sem celular foi tema de palestra na XII SIPAT da Santa Casa
A Nomofobia e a Síndrome da Dependência Digital podem atrapalhar o rendimento no trabalho
Pessoas em todo mundo estão cada vez mais dependentes do uso do celular e a quantidade delas vem aumentando tão consideravelmente que duas doenças surgiram recentemente devido a este uso inadequado da tecnologia, sendo a Nomofobia e a Síndrome da Dependência Digital, que já são considerados os maiores vícios do futuro.

Além dos problemas de convivência e domínio que causam, ambas estão ligadas diretamente ao baixo rendimento no trabalho e ao desempenho inadequado ou incorreto de inúmeras funções.
Para falar sobre o assunto, a irmã Maria Helena Silva ministrou palestra aos colaboradores da Santa Casa sobre Nomofobia na última quinta-feira, 13, durante a XII SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que aconteceu entre os dias 10 e 14 de junho.
“A tecnologia tem dois caminhos: o bom e o ruim. Basta saber escolher, porém, boa parte das pessoas está optando pelo caminho da dependência a um pequeno aparelho. Nele buscam tudo que precisam para viver, mas será que viver é isso? Cada qual ficar no seu mundinho particular sanando suas necessidades por meio de um celular?”, questionou a irmã.
Quem é viciado em estar com o celular tem o aparelho sempre à mão 24 horas por dia. “E o indivíduo começa a abandonar tudo (relações familiares e sociais), estudos, trabalho, entre outros para checar mensagens e outros. Quando esquece ou perde o aparelho fica extremamente ansioso e muda completamente o humor na falta do aparelho, podendo apresentar taquicardia e mudanças até mesmo na respiração. Essa dependência é tão grava tanto como drogas e bebidas alcoólicas”, explicou.
Além de ficar refém do pequeno aparelho, as pessoas que sofrem de Nomofobia tendem a diminuir o rendimento no trabalho ou desempenhar de forma incorreta suas funções. “Imaginem, em qualquer que seja a área, um profissional mexendo o tempo todo no celular. Sua atenção e raciocínio serão naturalmente prejudicados. Portanto, bom senso à tecnologia, que está aí para ser nossa aliada e não nossa inimiga e aprosionar-mos num mundo digital. O mundo real ainda é muito melhor”, concluiu.
HÁBITOS QUE PODEM INDICAR NOMOFOBIA
– Manter o celular ligado 24 horas por dia e dormir com o celular embaixo do travesseiro;
– Mentir sobre tempo gasto na rede;
– Carregar consigo mais de uma bateria, carregadores ou aparelhos reserva;
– Conferir obsessivamente as chamadas, e-mails e mensagens de aplicativos;
– Checar a bateria constantemente;
– Sentir desconforto quando está em um local sem sinal;
– Deixar de fazer atividades que gosta para ficar no celular ou na internet;
– Fracassar em passar menos tempo no celular ou navegando;
– Ficar online mais tempo do que o previsto, deixando de dormir e se alimentar;
– Colocar relacionamento ou trabalho em risco.
SIPAT: PROTAGONISTA OU VÍTIMA? A ESCOLHA É SUA
Durante a XII SIPAT várias palestras foram ministradas, iclusive contando com a presença do irmão Rodrigo Dias, que falou sobre o tema do evento; do professor Adriano da UNIP, que destacou a “Qualidade de Vida no Trabalho”; de Fernanda Santos, cujo tema foi “Acupuntura” e também de Tomé, da União Química, que fechou o evento com o tema “Tempo de Mudanças”.
“Foram momentos de muito aprendizado, não apenas com relação à prevenção dos acidentes de trabalho, mas para a vida de cada colaborador que prestigiou a SIPAT. Os temas abordados foram muito relevantes e atuais como a própria Nomofobia e tivemos uma excelente adesão por parte de todas as áreas da Santa Casa. Fica aqui nosso agradecimento às empresas que contribuíram para realização da Semana”, destacou o técnico em Segurança do Trabalho Rubens Capuano.
A SIPAT foi encerrada com a entrega de prêmios às melhores frases e cartazes sobre o tema abordado neste ano, sempre elaboradas pelos colaboradores.
