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Maria Rosa: 41 anos dedicados ao trabalho na ACI

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Ela iniciou suas atividades na Associação aos 18 anos, a convite do sr. Nassib Saliba João, à época presidente em exercício

Reportagem e texto: Natália Tiezzi Manetta

Há pessoas que carregam a essência do trabalho em seu semblante e transmitem isso de uma forma tão transparente que, muitas vezes, ficam conhecidas como ‘a alma da empresa’. Gente que dedica uma vida inteira aos serviços, disposta a ajudar, contribuir, enaltecer e agradecer pela função desempenhada na empresa e, embora também tenha seus problemas, afinal todos nós temos, está sempre com um sorriso no rosto.

Com todas essas características, não é muito difícil saber quem é a entrevistada destaque desta semana pelo www.minhasaojose.com.br. Aliás, é impossível quem não a conheça e se encante com sua gentileza e simpatia. Com vocês, amigos internautas, a nossa querida Maria Rosa Nogueira Della Torre, mais conhecida como a ‘Maria Rosa da ACI’.

E não é à toa que ela é assim conhecida, afinal são décadas de trabalho junto à Associação, a qual se dedica desde os 18 anos. O jeito simples e a eficiência, que cativa colegas de trabalho e a população, fizeram de Maria Rosa uma espécie de ‘patrimônio’ da entidade.

Ao longo desses anos, ela já vivenciou muitos períodos da ACI e confessou que um dos segredos para permanecer durante tanto tempo no emprego foi, é e continuará sendo ter flexibilidade a cada gestão, já que pelo estatuto, a mudança de presidência ocorre a cada dois.

Durante a entrevista, Maria Rosa também contou como aconteceu sua indicação ao trabalho, a satisfação em auxiliar tantos colaboradores que por ali já passaram, bem como o orgulho que possui em trabalhar na ACI. Confira a entrevista, na íntegra, abaixo.

Maria Rosa sempre foi e é uma pessoa muito querida por todos: seja pelos colegas de trabalho ou pelo grande público que atende na ACI

Maria Rosa, qual a sua formação e quando iniciou os trabalhos na ACI?

Fiz Magistério na Fundação Educacional em 1981, mas não exerci. Comecei a trabalhar na ACI em 17 de julho de 1979. Antes trabalhava no supermercado Vigorito, que ficava na rua Treze de Maio, em frente ao Rei Magazine, e a loja do Sr. Nassib Saliba João. Quando saí do supermercado, o Sr. Nassib, que era Presidente em exercício da ACI, me chamou para trabalhar. Nesta época, a ACI funcionava em duas salas do piso superior do prédio da Nossa Caixa Nosso Banco, na praça Capitão Vicente Dias.

Qual função você desempenhava quando começou a trabalhar e atualmente?

Comecei na função do SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito que, em 1979, o cadastro, ou seja, as fichas dos cadastrados no SCPC cabiam em uma caixa de sapato! Hoje estou no cargo de Gerente Administrativo da entidade.

Além do Vigorito, você já havia trabalhado em outro local antes da ACI?

Sim. Meu primeiro emprego foi com a Iraci Cruz, que tinha uma fábrica de camisolas na rua Dr. Costa Machado e na época era quase tudo feito à mão. Eu fui contratada para fazer barras e acabamentos nas camisolas. Depois, meu segundo emprego foi no supermercado e minha função era vendedora da seção de presentes e artigos para casa.

Há alguma história curiosa que tenha te marcado na ACI?

História curiosa não, mas por trabalhar com Diretores diferentes, porque a cada dois anos muda a presidência da ACI, vivi neste tempo muitas situações diferentes. Exemplo: cada Presidente tinha seu modo de administrar e eu tinha que ‘me moldar’ na forma e na maneira de que cada Presidente queria que a ACI fosse conduzida.

O que é o melhor e o que é o pior em trabalhar na Associação?

O melhor é ver o resultado do seu trabalho, porque realizamos na ACI muitos eventos, como jantares, reuniões, cursos, palestras e promoções. Então, cada trabalho realizado nos dá muita satisfação, digo nos dá, porque somos uma equipe, todo trabalho que realizamos não é feito somente por uma pessoa e sim por uma equipe. Cada um dos colaboradores da ACI tem um papel importante na realização dos eventos da entidade.

O pior é quando depois de todo esforço e trabalho realizado, o produto não alcança o resultado esperado, isso é o pior para mim.

Qual a principal lição que aprendeu nestes 41 anos de casa?

Tive a oportunidade de aprender um pouco com cada grande empresário que passou pela presidência da ACI. Devido à sua rotatividade prevista pelo estatuto, diferentes comerciantes e empresários puderam dedicar um pouco do seu tempo pela entidade, colaborando ao comércio de São José e isso agregou muito na minha vida profissional, pois o aprendizado foi filtrar o que eu pude aprender de bom e descartar o que não era necessário para mim e não me traria ajuda profissional.

Por falar nisso, qual o segredo para permanecer tanto tempo em uma empresa?

Não posso garantir, mas o segredo, eu achoque foi ter honestidade, presteza, responsabilidade e ser fiel a cada Presidente que passou pela ACI. Tendo flexibilidade de trabalho com cada gestão ao longo destes 41 anos.

Em ambiente onde trabalham muitas pessoas, por vezes, há conflitos de opinião, etc. Como você lida com essas situações, já que é uma das colaboradoras mais experientes na ACI?

Quanto aos conflitos de opiniões, tanto com meus colegas de trabalho, quanto aos diretores, sempre fui muito aberta, colocando meu ponto de vista e opinião, escutando mais a opinião dos colegas antes de qualquer decisão.

Você já ensinou muitas pessoas que trabalham ou trabalharam na ACI? É prazeroso ensinar?

Sim. Já ensinei muitas pessoas, principalmente colaboradores que iniciaram na ACI com seu primeiro emprego, sendo que muitos vieram da Guarda Mirim. A ACI sempre foi uma vitrine para o comércio e indústrias de São José, então quando eles aprendiam a desenvolver seus trabalhos na ACI, outras empresas os contratavam. Muitas mães vinham me agradecer quando seus filhos eram contratados por grandes empresas e seguiam suas carreiras. Ensinar nunca foi o meu forte, tanto que não segui a profissão que me formei, mas me sinto realizada por ter feito da ACI a ponte entre muitos profissionais e empresas. Sou muito grata pela equipe consistente que temos hoje na ACI, trabalhamos em sintonia e harmonia, um longo caminho de aprendizado mútuo.

Com a equipe da ACI: respeito, aprendizado e dedicação ao trabalho de mais de 40 anos na entidade (Foto: Mauro Boaro – O Jornalzinho)

Para finalizar, gostaria que você resumisse o que a ACI representa em sua vida.

Sem dúvida, a ACI representa a minha vida. Iniciei muito cedo, com 18 anos e nos longos 41 anos, construí minha vida na Associação, onde me casei, tive meus filhos, aprendi com os ensinamentos da vida. Lutei muito para vencer, passei momentos alegres, mas também tive momentos tristes de decisões e provações, de trabalhar satisfeita e realizada e outros momentos de trabalhar sacrificada e meramente por necessidade. Enfim, agora no fim da carreira, só tem sido períodos de alegria e gratidão. Gratidão por todos os ensinamentos que recebi, gratidão por trabalhar com uma equipe qualificada, gratidão pelo reconhecimento que tenho tido pelo trabalho que prestei ao longo destes 41 anos. E gratidão a você Natália, por esta entrevista, onde me senti muito lisonjeada!

“Maria Rosa é uma espécie de símbolo para nossa ACI. Sua alegria, empenho e dedicação ao trabalho são únicos. Todos nós aprendemos muito com ela, já que conhece cada atividade da Associação. Além de colega de trabalho, Maria Rosa é uma amiga de todos, uma pessoa que exemplifica a qualidade, o respeito e a honestidade na ACI. Meus parabéns por todos esses anos na entidade e que possamos desfrutar por muitos anos de seu rico conhecimento e amizade!”, depoimento especial do presidente da ACI, Paulo César Olivieri.

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