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Homenagem a Rodolpho José Del Guerra – O Guardião da Memória Rio-Pardense

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O professor dedicou décadas de sua vida aos estudos da história de Rio Pardo e retratou-a nos muitos livros que escreveu, que proporcionou conhecimento à população rio-pardense

Amigos internautas. O espaço “Conta prá Mim!” desta semana traz uma homenagem a um rio-pardense muito querido, que faleceu anos atrás, mas que deixou um grande legado de conhecimento, sabedoria e amor por São José do Rio Pardo: professor Rodolpho José Del Guerra, nosso eterno Guardião da Memória Rio-Pardense.

“Seu” Rodolpho foi uma pessoa muito simples, que valorizava detalhes cotidianos, muitas vezes despercebidos pela maioria das pessoas, e esse era seu diferencial, tanto que dessas observações e vivências, o professor escreveu muitos livros, onde retratou, com singeleza e simplicidade, histórias e memórias de Rio Pardo, principalmente em centenas de crônicas.

“Conheci o ‘seu’ Rodolpho na redação de Gazeta, em 2004. Tenho recordações maravilhosas dele, pois dividia com a equipe de trabalho seus conhecimentos, situações por ele vividas que nos levavam aos risos e às lágrimas. Era um amante do euclidianismo e sempre amou e respeitou sua cidade natal”, contou Natália Tiezzi, jornalista deste site.

Além da simplicidade, o professor Rodolpho também foi uma pessoa extremamente generosa. Ajudava sem querer aparecer, aliás, fazia questão disso. Auxiliou diversas entidades assistenciais do município, Santa Casa, entre outras. “Ele fazia questão de visitar asilos, instituições, estar presente, acompanhar ações, trabalhos e quando ajudava, muitas vezes financeiramente, optava pela discrição nas doações. Sempre dizia que se sentia na obrigação de auxiliar o próximo, ajudar sua cidade tão querida”, observou Natália.

Brincalhão e bem humorado, Del Guerra valorizava e, muitas vezes, poetizava o cotidiano tecendo elogios até a um simples prato de arroz doce ou ‘vaca atolada’, dois de seus pratos prediletos, embora sua preferência sempre fora por doces. “Ambos pratos eram preparados pela Elisete, a secretária do jornal e seu Rodolpho degustava-os como verdadeiras iguarias (pois eram mesmo!)””, recordou.

Rodolpho também se rendeu à tecnologia e aprendeu a lidar com ela, sempre com a paciência e auxílio dos amigos, principalmente da Gazeta. “Algumas vezes ele ligava desesperado dizendo que havia ‘sumido’ o que havia feito no computador. Explicávamos a ele os procedimentos e tudo dava certo. Apesar da idade, ele sempre foi uma pessoa disposta a aprender, inclusive os adventos da Internet”.

E, muitas vezes, a reunião com os colegas de trabalho, já que Rodolpho foi colaborador por décadas daquele jornal, rendiam boas histórias que, mais tarde, se tornavam crônicas. “Certa vez ele adentrou a redação e estávamos rindo e contando nossas ‘aventuras’ para conseguir o ‘ano bom’, geralmente nas manhãs do 1º dia do ano. Atento, ouviu os relatos engraçados que contávamos e os transformou em crônica”

Assim era Del Guerra: sabia ouvir e retratava, como poucos, as histórias que escutava, com riqueza de detalhes, mas de forma simples. Estudioso, pesquisador, sempre na busca do conhecimento e voraz em dividi-lo. “Grandes homens, como Rodolpho, assim se tornam pela humildade e retidão. Por isso e por tudo que representou à sua terra natal ele foi, é e sempre será especial e inesquecível para todos nós, rio-pardenses”, finalizou a jornalista.

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