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Fabiano Dassan de Oliveira: Advogado rio-pardense é Procurador em Uberaba/MG

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Há 29 anos fora de São José, ele destacou que optou pelo Direito depois de ouvir os conselhos e a intuição da mãe

Entrevista e texto: Natália Tiezzi Manetta

Amigos internautas. Iniciamos a série “Cadê Você?” de 2021 com uma entrevista muito especial, que destaca um pouco da história de mais um rio-pardense que está obtendo êxito profissional longe de São José do Rio Pardo, o conterrâneo Fabiano Dassan de Oliveira.

Graduado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com título de Especialista em Direito Constitucional pela Universidade Cândido Mendes – UCAM (Curso concluído em Belo Horizonte – MG) e  Especialista em Direito Processual Democrático pela Universidade de Uberaba – UNIUBE – MG (Curso concluído em Uberaba – MG), ele contou que advogar não foi sua primeira opção profissional, mas que seguiu os conselhos e a ‘intuição’ da mãe para seguir o Direito.

Enquanto residia com os pais e os três irmãos em Rio Pardo, ele estudou na E.E. “Euclides da Cunha”, concluindo o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Objetivo.

Aos 47 anos, Fabiano está há 29 anos longe de São José. Ele saiu daqui para estudar aos 18 anos e hoje reside Uberaba, município que faz parte do chamado ‘triângulo mineiro’, e trabalha na Procuradoria Geral (PROGER).

Ao longo da entrevista, o Procurador destacou momentos marcantes da carreira, cursos que fez além do Direito, relembrou suas memórias afetivas da terra natal e contou seus projetos para o futuro, que incluem, é claro, o bem estar de sua família, já que é casado com Vanessa e pai da pequena Clarice, de 6 anos. “Atualmente tenho como projeto primeiro dar à minha filha a educação e preparo de vida que imagino necessários para um mundo cada vez mais desafiador de novos conceitos, paradigmas e formas de viver, em todos os aspectos (material, social, espiritual, etc)”, destacou.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.

Momento especial: Fabiano com os pais Carmen Sílvia e o saudoso sr. Jorge na formatura em Direito na UFU, em 2000

Fabiano, o Direito não foi sua primeira opção de carreira. Por que optou por faze-lo mesmo após iniciar outra faculdade?

Fabiano Dassan de Oliveira: Até adentrar a Faculdade de Direito, eu cursava Psicologia e ainda no primeiro ano de Faculdade “ouvi” de minha mãe uma intuição ou um “conselho”, onde ela me dizia que “sentia que minha área correta, era o Direito e não a Psicologia” (…). Realmente ela estava certa, porquanto me encontrei completamente dentro da área jurídica. Optei por essa profissão porque é uma, entre tantas outras interessantes que já exerci e me afinizei dentro da área jurídica (dentro do Direito).

Você fez outro curso concomitante ao Direito?

Sim. Iniciei o curso de Ciências Contábeis da UFU, ainda cursando Direito, porém, não cheguei a formar nessa Faculdade ou área que eu via como “complemento salutar, diferencial e bem-vindo” para a área do Direito. Fiz durante algum tempo cursos de instrumentos musicais (teclado, piano e violão), porém, nunca tive tempo para desenvolver a música como merecia, ou seja, com dedicação ampla, além de que eu ficava sempre dependente das “partituras” para executar as músicas, não dispondo daquilo que chamam de “bom ouvido para tocar”. (risos). Cheguei a fazer cursos de inglês e francês, porém, nunca dei a eles a necessária dedicação que também merecem. Vale repetir que também fiz por um ano, o curso de Psicologia, o qual apesar de não ter me formado, me acresceu robustos conhecimentos de Filosofia, por exemplo, lendo o “Discurso sobre o Método” de René Descartes, “O existencialismo é um humanismo” de Jean Paul Sartre, entre outros), de Parapsicologia, fazendo curso intensivo com o saudoso “Padre Quevedo” e propriamente de Psicologia (Psicanálise, Psicologia Comportamental, da Educação, etc), que contribuíram muito para uma visão que julgo “reflexiva e científica” da vida e seus desafios. Recentemente também tenho frequentado congressos de Ufologia e assistido a cursos de Astronomia, descobrindo “novas paixões do saber” como estudante da vida que sou.       

Quanto tempo você morou em São José, com quantos anos você saiu daqui e por quê?

Morei em São José do Rio Pardo até os 18 anos de idade e, após terminar o “Tiro de Guerra” em São José do Rio Pardo, fui morar em Ribeirão Preto – SP para fazer cursinho preparatório de vestibulares (estudei no “COC Ribeirão” à época), ficando lá 6 meses e obtendo a primeira aprovação na desejada “Universidade Pública”, no caso para o curso de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia/MG. Fiquei no curso de Psicologia da UFU por um ano e fiz novo vestibular na mesma Universidade Federal para o curso de Direito, obtendo nova aprovação e tendo concluído o aludido curso de Direito da UFU em 2000. Na época sai de São José do Rio Pardo porque nossa querida “terra natal” ainda não dispunha dos cursos universitários que estavam sob o meu enfoque.    

Após se formar, qual foi seu primeiro trabalho?

Meu primeiro trabalho foi como advogado da área privada, na cidade de Uberlândia – MG, onde juntamente com outros amigos constitui uma sociedade de advogados, a qual permaneci por cerca de 2 anos, tendo-a desfeita em razão de novas necessidades e objetivos que me surgiram à época.

Em que cidade reside atualmente, onde trabalha e qual seu cargo?

Atualmente resido na cidade de Uberaba – MG (no “Triângulo Mineiro”) e trabalho na Procuradoria Geral (PROGER) no cargo de Procurador do Município efetivo ou de carreira. Defendo nos feitos ou processos judiciais e administrativos, os interesses e pretensões jurídicas do Município de Uberaba – MG, elaborando petições, arrazoados de recursos, teses jurídicas em temas diversos, como, por exemplo, tributos, desapropriações, licitações, ações de medicamentos, possessórias, petitórias, etc, tudo em favor do Poder Público.  

O que é o melhor e o que é o pior em sua profissão?

O melhor é o prazer e satisfação que tenho, em realizar com afinco, estudo dedicado e técnica, as atividades jurídicas ou a prática dos atos processuais, onde por muitas vezes logramos êxitos em prol da Administração Direta ou do Poder Público ao qual defendo. O pior, talvez seja o fato ou a constatação, de que o profissional do Direito trabalha com conhecimentos efêmeros e de sofrimento humano (duram para um certo tempo, e espécie de sociedade), não conseguindo entabular propriedades científicas, como faz a Astronomia, a Engenharia, a Matemática e até mesmo a Medicina. Além disso, ninguém procura digamos “feliz”, ou em estado de felicidade, um profissional do Direito, ou seja, trabalhamos com as mazelas e o lado estressante do ser humano.

Fabiano, o terceiro da esquerda para a direita com os irmãos Giovana (Tuca), Alessandro, a mãe Carmen Sílvia, e a irmã Juliana

Qual foi o momento mais importante/especial de sua carreira?

Foram muitos momentos importantes e especiais que poderia te contar e que poderia “massagear” o “ego” do Fabiano ser humano, se não houvesse um mínimo de sabedoria e maturidade. Mas o mais importante mesmo, porque julgo que atinge o essencial da vida ou aquilo que é o princípio de tudo, que é a família, é o que julgo mais importante. Tive a oportunidade de poder ajudar juridicamente em várias causas o meu pai, já falecido, nos momentos em que ele mais precisou de mim e teve a necessidade da minha dedicação, onde realizei tudo com muito amor e gratidão, até mesmo por tudo o que ele fez por todos nós, seus filhos, na figura de pai atencioso e provedor das nossas necessidades.

Vamos falar sobre São José! Qual é a sua maior saudade daqui?

A maior saudade é sempre da família e dos ótimos amigos que tive aí, desde a infância. É evidente que São José tem grandes coisas que são só dela, digo sob o aspecto físico também, vou te dar exemplos: quem não admira a ilha de São Pedro, como um “cantinho de paz”, o morro do Cristo Redentor (onde brinquei muito na infância), o lado “pacato” de ser uma cidade sem muitos crimes e violência, onde você pode “andar à pé” e atravessar a cidade numa paz cotidiana, enfim, São José ainda tem tempo para conhecer e reconhecer os seus filhos e dar-lhes a sua necessária atenção, com qualidade de vida.   

Qual a principal lição que aprendeu ao morar fora tão jovem?

Aprendi que é necessário reconhecer e investigar a diversidade de ideias, opiniões, culturas e que a integração entre as sociedades, comunidades, pessoas é salutar e edificante ao ser humano, em todos os seus aspectos, onde buscar e estudar os fenômenos/fatos e situações da vida, proporcionam uma evolução integrativa da nossa pessoa. Ou seja, a cada dia temos em nós, um pouco daquilo que foi o contato com o outro, devendo-se incorporar as virtudes diversas e reconhecer e minimizar os vícios e degenerações.

Para finalizar, quais são seus projetos para o futuro? Voltar a São José do Rio Pardo está incluído em algum deles?

Atualmente tenho como projeto primeiro dar à minha filha Clarice (com 6 anos de idade), a educação e preparo de vida que imagino necessários para um mundo cada vez mais desafiador de novos conceitos, paradigmas e formas de viver, em todos os aspectos (material, social, espiritual, etc). No caso também, projeto constante é sempre me aprimorar para esses novos tempos, aprendendo novos conceitos e atualizando os meus saberes profissionais para dar respostas eficientes à sociedade, através do meu trabalho e convivência social. Voltar a São José do Rio Pardo sempre o faço nos momentos de férias, feriados, ainda que por curto espaço de tempo, porém, residir no Município deixo o futuro me levar e responder, se assim entender necessário e mais virtuoso para cada momento de minha vida e das pessoas que me cercam ou rodeiam. Por fim, agradeço a você Natália por oportunizar aos rio-pardenses, através de sua mídia, o intercâmbio entre São José do Rio Pardo e seus filhos naturais, resgatando memórias e histórias de vida, onde aproveito para felicitar todos os nossos concidadãos, com votos de muita saúde e prosperidade nesse esperançoso ano de 2021. Forte abraço!  

Momento família: Com a esposa Vanessa e a filha Clarice em Uberaba, onde a família reside
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