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Cultura musical: “Samba do Chicão” conquista público rio-pardense e de toda a região

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Próxima apresentação em São José será na abertura do show do grupo Demônios da Garoa, dia 19

Quem diria que uma simples reunião entre amigos para tocar um ritmo até então pouco difundido na cidade, o samba, cairia nas graças dos rio-pardenses e do público de toda a região. Pois é: o “Samba do Chicão”, que nasceu de um movimento popular com o intuito de resgatar culturalmente o ritmo mais popular do Brasil se tornou um grupo profissional, com agenda de shows comprometida até junho!

“Tudo isso começou informalmente quando, em 2015, eu, Chicão, João Modesto queríamos nos reunir no início da semana para tocar samba e difundir sua cultura para os rio-pardenses. A proposta era uma roda de samba aberta para quem realmente quisesse tocar, sem bagunçar. E até hoje, ‘religiosamente’, nos reunimos às terças-feiras, no Bar do Chicão” explicou um dos integrantes e musicista Filipe Fontão.

Onde tudo começou: a roda de samba aberta no Bar do Chicão conta com a participação do grupo todas as terças-feiras (Foto: Isabel Crisina Venezian Souza)

De lá para cá, a cultura do samba se intensificou na cidade, com outras rodas e as pessoas estão aprendendo a aprecia-lo, seja num bar ou em algum show. “Acredito que o Samba do Chicão abriu espaço para muita gente mostrar que gosta de tocar samba e para a população ter mais contato com o gênero musical”, observou outro integrante do grupo, João Modesto.

E o Samba do Chicão está ganhando também as escolas e entidades através de apresentações do grupo, que leva seus instrumentos musicais para que as crianças conheçam algumas particularidades do samba e sua riqueza instrumental. “Levar um pouco dessa cultura para as escolas e mostra-la às crianças é muito gratificante. Muitas delas têm o primeiro contato com os instrumentos a partir deste projeto. E dá para ver e sentir o quanto gostam quando nos apresentamos. É diversão, mas também conhecimento e, acima de tudo, respeito pela música”, comentou o musicista Vinicius Salvadori.

CARNAVAL: SETE APRESENTAÇÕES EM CINCO DIAS

Atualmente, o Samba do Chicão é formado por nove componentes, dos 20 aos mais de 70 anos, entre eles o próprio Chicão, Filipe, Marito, Olavo, Vinícius, Simão, Paulinho, Luis Fernando Biscoito e João Modesto, sendo que Carnaval sempre esteve lado-a-lado com o mesmo. Prova disso é que desde 2017 o grupo já se apresentava no extinto Venda Branca. “Acredito que foi por lá que nos tornamos mais conhecidos como grupo de samba mesmo, porém, naquela época não pensávamos nem sabíamos da dimensão que tudo isso pudesse tomar”, observou Filipe.

Encontro de gerações: em primeiro plano Marito, o mais experiente, e em segundo plano Vinícius, o mais jovem do grupo (Foto: Luana de Martini)

Apesar das muitas apresentações carnavalescas em 2018 foi a partir do último Carnaval que o grupo despontou e caiu no gosto dos rio-pardenses e de toda a região. A maratona de apresentações contou com sete interpretações durante os 5 dias de festa.

“O grupo de apresentou em Caconde, Mococa e aqui em São José nos dois clubes, Associação Atlética Riopardense e Rio Pardo Futebol Clube. Como grupo profissional, o Samba do Chicão tem apenas 8 meses e já sentimos esse reconhecimento e carinho do público. Além do mais estamos conseguindo alcançar nossos objetivos muito além apenas do financeiro, mas também mostrar que a música brasileira é muito rica, principalmente o samba, é claro”, afirmou Filipe.

Apresentação do grupo no Carnavale, no Vale Imperial, em Mococa (foto: Francisco Giglio)

TRABALHO DURO

Quem pensa que a rotina do grupo é apenas tocar para o público, enganou-se. Os nove integrantes se reúnem todas as segundas-feiras para ensaiar e estudar. “Às segundas ensaiamos, estudamos muito para que na terça coloquemos em prática e, aos finais de semana, toquemos para valer – é a hora da verdade! Costumo dizer que mesmo com o grupo fazendo apresentações profissionais, a terça-feira é um verdadeiro termômetro para todos nós. É onde temos a chance de ouvir o público, corrigir algo, além de ser nossa ‘vitrine’ para a população”, destacou Vinicius.

Os ensaios tornaram-se mais intensos a partir do momento que o grupo se tornou uma empresa, de fato, através dos empresários Tainer Busso e Jaba, que cuidam de toda a divulgação e administração financeira do Samba do Chicão. “Sentimos uma grande diferença na própria organização do grupo do ponto de vista administrativo e também no suporte técnico, pois o Tainer e o Jaba disponibilizam equipamentos da mais alta tecnologia e isso contribui diretamente na qualidade das apresentações”, ressaltou Filipe.

E com você, o Chicão: inspiração para o nome do grupo e proprietário do bar onde acontecem as rodas de samba (Foto: RS Fotografias – Roberta Simões)

Tornar o grupo empresariado vem gerando mais tranquilidade e agenda cheia. “Estamos mais tranquilos e nos dedicando 100% ao repertório, inclusive com lançamento de algumas composições autorais, sambas, com assinatura do Filipe. Além disso, a agenda de apresentações está comprometida até junho”, disse Chicão.

Por falar em apresentações, o grupo se apresenta na próxima terça-feira, dia 19, abrindo o show do Demônios da Garoa, no Tartarugão. “Foi uma grata surpresa para todos nós, uma honra, na verdade, podermos abrir um show deste gabarito. Só temos a agradecer a população pela receptividade não apenas com o Samba do Chicão, mas com o samba em si, em sua mais pura essência”, concluiu o grupo.

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