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AIDS e Sífilis: Dr. Marcel Uchiyama e enfermeira Gisele Santos alertam ao diagnóstico e tratamentos

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Testagens rápidas para o diagnóstico de ambas doenças, entre outras ISTs estão acontecendo nas Unidades Básicas de Saúde

Neste 1º de dezembro, Dia Mundial da luta contra a Aids, São José do Rio Pardo inicia a campanha Fique Sabendo, que tem como principal objetivo orientar, além de diagnosticar casos de Aids, Sífilis, entre outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, além, é claro, dos tratamentos.

Em entrevista à Rádio Difusora, o médico ginecologista Marcel Uchiyama e a coordenadora da Vigilância em Saúde, Gisele Santos, falaram um pouco sobre a campanha, números de ambas doenças na cidade e alertaram para que as pessoas aproveitem esses dias para realizar os testes, que são gratuitos e estão sendo realizados no Posto de Saúde central e nas Unidades Básicas de Saúde (ESFs). Além dos testes, o SUS também dispõe dos tratamentos para Aids e Sífilis gratuitamente aos pacientes.

“O HIV ainda é considerado uma epidemia mundial. Neste momento, em todo o Brasil, estima-se que cerca de 140 mil brasileiros não saibam que estão contaminados. Aqui em São José, no ano passado, diagnosticamos 8 pacientes, sendo dois deles acima de 60 anos. Neste ano apenas dois, pois o número de pessoas que buscam a testagem diminuiu frente à pandemia. A prevalência do HIV na cidade é em homens entre 30 e 40 anos, com ensino médio a superior”, informou Gisele.

Ambos destacaram que atualmente não há mais grupos de risco para a Aids como havia há décadas. “Hoje o que temos são os comportamentos de risco que podem ocasionar a contaminação. Por isso é tão importante que as pessoas nunca se esqueçam de usar o preservativo nas relações sexuais, já que a transmissão via contato sexual ainda é predominante”, observou a coordenadora.

Marcel explicou que o tratamento da Aids mudou ao longo dos últimos anos. “Hoje o tratamento também é feito com coquetéis, mas em tomadas diárias menores de medicamentos, sem tantos efeitos colaterais. Também há um aumento da sobrevida dos pacientes e a carga viral também está se apresentando mais baixa devido à eficácia do tratamento, gratuito, disponibilizado pelo SUS. Porém, é importante mencionar que mesmo com uma carga viral baixa, esse paciente transmite o HIV”, observou o ginecologista.

Para orientar, promover a triagem e acompanhamento dos pacientes, São José possui há 28 anos o Grupo PAM, que é referência para mais cinco municípios da região. “Hoje o Grupo possui 139 pacientes que são acompanhados em toda a região”, informou Gisele.

SÍFILIS: TESTAGEM E TRATAMENTOS TAMBÉM SÃO GRATUITOS

O ginecologista também alertou para a Sífilis no município. Apesar de controlada, ela ainda acomete principalmente adolescentes e gestantes. “As pessoas devem ficar atentas aos sintomas, que podem se manifestar ao longo de décadas. A Sífilis é uma doença que pode levar à morte em sua fase final de manifestação. Por isso o diagnóstico precoce é tão importante para que o paciente já inicie a medicação, que é feita basicamente com Benzetacil”, afirmou.

Entre os principais sintomas, Dr. Marcel disse que cada fase possui um deles. “Geralmente na fase primária ocorre uma lesão na região genital masculina e feminina, indolor, que não coça e desaparece rapidamente. Na fase secundária pode ocorrer uma espécie de alergia na pele, com lesões que parecem com a catapora nas mãos e pés, e olhos avermelhados, como se fosse uma conjuntivite, mas que também desaparecem expontaneamente. Já a terceira fase é assintomática e pode se manifestar em até 30 anos. Já na última fase pode ocorrer a demência, lesões ósseas, pulmonares e levar à morte. Por isso a forma mais eficaz de diagnosticar precocemente a Sífilis é a testagem rápida, que é rápida mesmo, na hora, e o paciente já sai com o resultado e receita médica em mãos”, destacou.

Ele observou, ainda, que o tratamento deve ser feito tanto pelo paciente quanto pelo parceiro ou parceira para o êxito nos resultados. “Mais uma vez chamo a atenção para o usso do preservativo também para evitar a Sífilis. Camisinha não evita apenas uma gravidez, mas doenças que não tem cura”.

A entrevista, na íntegra, pode ser acessada pela página da Rádio Difusora no Facebook (Rádio Difusora de São José do Rio Pardo).

Entrevista: Fernando Benedito e Paulo Sérgio Rodrigues. Texto: Natália Tiezzi

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